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O que a calvície tem a ver com a Covid-19?

Pelo menos 22% das pessoas que tiveram a doença relataram perda acentuada dos fios e muitas temem ficar carecas. Mas a relação nem sempre é verdadeira

Por Otávio Macedo
Atualizado em 7 nov 2022, 19h19 - Publicado em 7 nov 2022, 17h29

Publicações científicas como a da Academia Americana de Dermatologia divulgaram artigos que relacionam a queda de cabelo com a infecção por Covid-19. Algumas pesquisas estimam que 22% das pessoas hospitalizadas relataram perda acentuada dos fios. Em consultório, vários pacientes que tiveram sintomas brandos da doença vêm com essa queixa – e temem que evolua para a calvície.

O receio é compreensível. Mas felizmente na grande maioria das vezes a queda de cabelo não leva à calvície. É fácil entender por quê. A queda de cabelo – que recebe o nome de eflúvio telógeno – se caracteriza por uma perda abrupta dos fios. Por dia, uma pessoa perde de 50 a 100 fios – uma queda que nem sempre é notada porque há renovação dos fios.

Quando isso não acontece, os cabelos se tornam mais ralos e fracos. Se a queda for muito acentuada, é bom consultar um dermatologista. As causas do eflúvio são várias e vão desde infecções (como a causada pelo coronavírus responsável pela Covid-19), alterações hormonais (são muito comuns no pós-parto), estresse, dietas rígidas, carência de vitaminas e minerais, como ferro, problemas na tireoide, medicamentos entre outras.

Na calvície (alopecia androgenética), os fios vão se tornando finos e caem aos poucos. Há um afinamento capilar, pois ocorre um processo chamado miniaturização dos fios. Ou seja, se tornam mais finos, curtos e delicados, levando a uma diminuição do volume dos cabelos.

As causas do problema não estão totalmente esclarecidas, mas sabe-se que há influência genética e hormonal. Pode ser agravada por fatores emocionais – como estresse em excesso –, estilo de vida e envelhecimento. A calvície é mais comum em homens por causa do hormônio DHT (di-hidrotestosterona), que deixa os folículos sensíveis, prejudicando a absorção dos nutrientes na região. Neles, a calvície se concentra no topo da cabeça e, nas mulheres, é mais dispersa e menos intensa.

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Como tratar

A calvície não tem cura, mas controle. Em geral, o tratamento é feito por meio da administração dos medicamentos finasterida ou dutasterida e  minoxidil.  A finasterida atua diminuindo a quantidade do hormônio DHT, originário da testosterona, no organismo.

Ao reduzir os níveis da testosterona ativa, o cabelo pode voltar a crescer ou amenizar a queda. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária liberou no Brasil o uso da dutasterida para o tratamento da alopecia com melhores resultados, já que inibe em 90% o DHT – o finasterida inibe cerca de 70% – sem apresentar efeitos colaterais.

O minoxidil, por sua vez, atua como um vasodilatador e promove o aumento da circulação, aumentando o aporte de nutrientes, o que leva ao fortalecimento e crescimento dos fios. O minoxidil, portanto, também é eficiente no tratamento do eflúvio crônico.

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Outro tratamento que costuma apresentar bons resultados é a terapia do PRP (plasma rico em plaquetas). É realizado a partir do sangue do paciente, que é processado e injetado no couro cabeludo.

As injeções do plasma sanguíneo processado recuperam o folículo e a espessura da haste capilar, levando ao crescimento dos fios. Sem dúvida, a tecnologia tem ajudado muito no tratamento desses problemas.

Mas, mesmo, com todas as técnicas disponíveis, é bom lembrar que é muito importante manter a saúde em dia, com boa alimentação, exercícios físicos e controle do estresse.

Letra de Médico - Otávio Macedo
(./.)
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