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O poder da vitamina D para uma gravidez bem-sucedida

Nível abaixo do recomendado (30 ng/ml) em mulheres pode interferir nas tentativas de concepção de um filho.

Por Rodrigo Rosa
Atualizado em 13 dez 2021, 17h45 - Publicado em 13 dez 2021, 17h36

A vitamina D ganhou destaque durante a pandemia por seu papel no sistema imunológico. Mas o que poucos sabem é que o nutriente é essencial para uma variedade de funções corporais. A deficiência em seus níveis é considerada um problema de saúde no mundo inteiro, relacionada a uma série de doenças conhecidas, já que a substância é responsável por controlar mais de 3.000 genes e tem mais de 80 funções no organismo. Baixos níveis podem, inclusive, interferir na saúde reprodutiva da mulher, além de causar problemas na gestação.

Sabemos também que mulheres com baixos níveis de vitamina D têm menos probabilidade de ter filhos após procedimentos de reprodução assistida do que aquelas com níveis normais de vitamina D. Um trabalho conduzido pelo National Institute of Health dos Estados Unidos verificou que um nível abaixo do recomendado (30 ng/ml) em mulheres pode interferir nas tentativas de concepção de um filho. As mulheres que estavam acima desse nível tinham 10% a mais de chances de engravidar e um risco 15% menor de aborto espontâneo.

Existe um papel importante também dessa vitamina na fertilidade masculina, uma vez que ela atua nos testículos para auxiliar a manutenção da sobrevivência e das funcionalidades dos espermatozoides maduros, ao passo que sua deficiência está relacionada à diminuição da fertilidade masculina. Nesse sentido, a Vitamina D é de suma importância no planejamento da gravidez.

A própria atuação da vitamina D no sistema imunológico também pode ter impacto na concepção, já que pode evitar que a gestante rejeite a implantação do embrião, seja na fertilização in vitro ou na gravidez espontânea. Já durante a gestação, níveis recomendados desse hormônio diminuem a incidência de problemas como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia (pressão arterial elevada) e parto prematuro.

Logo, para evitar a carência de Vitamina D, o recomendado é tomar 15 minutos de sol por dia, pois a substância é principalmente produzida pela pele em resposta a exposição solar. Contudo, não é necessário expor o corpo todo sem proteção: o rosto deve estar sempre com fotoprotetor e você pode expor apenas o antebraço.

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Há também uma série de alimentos ricos em vitamina D, como peixes gordurosos (salmão), ovos e laticínios. Mas, mesmo com essa alimentação, a exposição solar é importante, pois o sol é responsável por 80 a 90% da conversão da vitamina do organismo.

Já pessoas com carência dessa vitamina precisam de orientação médica para suplementação da substância, já que o uso indiscriminado de suplementos de Vitamina D não é recomendado, pois, em excesso, pode gerar efeitos tóxicos, incluindo até mesmo insuficiência renal nos casos graves.

No caso de casais tentantes, o médico especialista em reprodução humana pedirá exames e, se for necessário, indicará suplementos para aumentar os níveis dessa vitamina.

Dr. Rodrigo Rosa
(./Divulgação)
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