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Letra de Médico

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Gripe e resfriado: conheça as principais diferenças

As principais diferenças entre as duas infecções giram em torno da agressividade dos sintomas, que são muito mais intensos nos casos de gripe

Por Artur Timerman
25 jun 2018, 14h11

Tanto gripes quanto resfriados são doenças infecciosas. A gripe (também pode ser denominada Influenza) é causada pelo vírus Influenza, ao passo que o resfriado é causado principalmente pelos Rhinovírus. As diferenças giram em torno da agressividade dos sintomas, que são muito mais intensos nos casos de gripe.

Gripe

Os sintomas da influenza, tanto a sazonal quanto à pandêmica, pouco diferem entre si. Em geral, os primeiros sintomas são calafrios ou uma sensação de frio, mas febre pode também representar a primeira manifestação clínica, com temperaturas corpóreas variando entre 38 a 39 °C. Os principais sintomas da gripe são:

  • Dores pelo corpo, especialmente nas articulações e garganta
  • Febre e frio excessivo
  • Fadiga
  • Cefaléia
  • Olhos irritados e lacrimejantes
  • Vermelhidão dos olhos, pele (particularmente face), boca, garganta e nariz
  • Em crianças, sintomas gastrintestinais, principalmente diarréia e dores abdominais.

Os resfriados são caracteristicamente mais brandos; raramente acarretam complicações graves como pneumonia.

Transmissão

Não há tratamento específico. Quem fica resfriado pode se tratar em casa com repouso, boa hidratação, alimentação saudável, além de antitérmicos e analgésicos de costume, quando necessário.

No que tange aos mecanismos de transmissão, em termos gerais pacientes com gripe são mais infectantes entre o segundo e terceiro dia após o início da infecção; a infectividade persiste por até dez dias.

Crianças são muito mais infectantes comparativamente aos adultos, albergando vírus por período de até duas semanas após a infecção pelo vírus influenza.

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O vírus influenza pode se disseminar através de três maneiras principais:

  • Transmissão direta: quando uma pessoa infectada espirra ou tosse, expelindo partículas mucóides no interior dos olhos, nariz ou boca de outra pessoa;
  • Através da inalação de aerosóis produzidos por pessoas infectadas que tossem, espirram ou cospem no meio ambiente;
  • Transmissão através da via mãos-boca, tanto por intermédio de superfícies contaminadas (por exemplo, apoios de mãos presentes em veículos de transporte coletivo) ou contato pessoal direto, tais como apertos de mão ou beijos.
  • O tempo que o vírus influenza sobrevive nas gotículas respiratórias aparentemente é influenciado pelos níveis de umidade e radiação ultravioleta do meio-ambiente; no inverno, a baixa umidade do ar e a ausência de luz solar provavelmente constituem-se fatores que auxiliam na sobrevida da partícula virótica.

Prevenção

No que diz respeito à prevenção, preconiza-se que se evitem aglomerações, principalmente em locais fechados, de baixa ventilação natural; manter higiene corpórea adequada, principalmente das mãos, lavando-as e/ou higienizando com freqüência; o álcool é eficaz contra o vírus influenza

Deve-se proceder ao isolamento, de preferência domiciliar, de pessoas sabidamente infectadas, pelo prazo de 7-10 dias após início dos sintomas. Esse prazo deveria ser estendido em casos confirmados de infecção em crianças.

Como regra básica higiene, deve-se evitar cuspir em local público; cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir; não compartilhar objetos tais como talheres, copos, pratos e toalhas.

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Grupos de risco

Quando abordamos prevenção, devemos ressaltar a indicação quanto ao uso da vacina contra influenza, dando-se especial ênfase aos grupos mais suscetíveis a complicações associadas/consequentes à gripe:

  • transplantados;
  • pacientes com problemas renais;
  • pulmonares;
  • cardiopatas;
  • gestantes e puérperas (que deram à luz há menos de 45 dias);
  • hipertensos;
  • diabéticos;
  • Indígenas;
  • crianças abaixo dos 2 anos idade);
  • idosos (acima 65 anos idade);
  • Obesos;
  • e pessoas com qualquer outra modalidade de deficiência em sua imunidade.

Tratamento

Quanto ao tratamento, deve-se aconselhar pacientes com gripe a repousar, ingerir grandes quantidades de líquido, evitar ingestão de álcool e interromper o cigarro. Caso necessário, o tratamento antitérmico e analgésico de escolha é dipirona e o paracetamol; deve-se evitar o uso de aspirina e anti-inflamatórios, em virtude da possibilidade exacerbada de fenômenos hemorrágicos.

Particularmente no que se refere à terapêutica sintomática da gripe pandêmica, é aconselhável se evitar o uso de anti-inflamatórios.

Duas classes de drogas antiviróticas são disponíveis contra influenza:

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  • Inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir);
  • Inibidores da proteína M2 (da matriz da partícula virótica), como os derivados da adamantana (amantadina e rimantadina).

A análise genética e fenotípica das cepas do vírus influenza A H1N1 indicam serem o mesmo suscetíveis ao oseltamivir e ao zanamivir, mas resistentes à amantadina e rimantadina.

O tratamento com oseltamivir deve ser instituído o mais precocemente possível, sendo possível sua utilização até 48-72 horas o início do primeiro sintomas (em geral, febre)

 

Artur Timerman

 

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