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Endometriose não é sinônimo de infertilidade

Entre as opções para as mulheres que têm a doença estão os procedimentos oferecidos pela medicina de reprodução humana assistida

Por Rodrigo Rosa
28 fev 2022, 16h24

Março é o mês de conscientização sobre a endometriose, uma doença que afeta de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Ela é a principal causa da infertilidade em mulheres e ocorre quando as células do endométrio, mucosa que reveste a parede do útero, não são devidamente expelidas durante a menstruação, se espalhando pelo aparelho reprodutivo. Isso atrapalha a implantação do embrião fecundado.

Difícil de ser prevenida, já que, apesar de estar relacionada a fatores genéticos e imunológicos, ainda não possui uma causa definida, a endometriose tem como principal sintoma dor pélvica intensa, que geralmente não recebe atenção por ser confundida com cólicas menstruais.

Isso faz com que o diagnóstico da condição seja realizado muito tardiamente, quando as mulheres encontram alguma dificuldade para engravidar. Por isso, o acompanhamento ginecológico regular desde cedo é fundamental.

Além disso, as pílulas anticoncepcionais, método contraceptivo comumente utilizado no tratamento da endometriose, também podem mascarar os sintomas da condição, o que contribui para um diagnóstico tardio e para que a doença evolua para um quadro grave sem que a mulher perceba.

Felizmente, a endometriose tem tratamento, que é indicado de acordo com a gravidade da condição e as características individuais da paciente. Geralmente a conduta inclui, além da pílula anticoncepcional, analgésicos, anti-inflamatórios e intervenção cirúrgica.

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O tratamento cirúrgico da endometriose é realizado por meio da laparoscopia, procedimento minimamente invasivo que visa eliminar os cistos causados pela doença. Mas vale ressaltar que o tratamento da endometriose não é definitivo, atuando apenas no alívio dos sintomas e controle dos focos da doença. Logo, os sintomas e a dificuldade de engravidar podem retornar após algum tempo.

Além disso, apenas 50% das pacientes tratadas por meio da laparoscopia possuem chances de engravidar futuramente.

Por esses motivos, a melhor alternativa para mulheres que desejam engravidar, mas sofrem com endometriose é a busca por tratamentos de reprodução humana, como a fertilização in vitro.

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O processo de fertilização in vitro em pacientes com endometriose é igual a qualquer outro, com a coleta dos óvulos após indução medicamentosa da ovulação para que sejam fecundados em laboratório e, em seguida, implantados de volta no útero.

E a boa notícia é que as taxas de sucesso do procedimento em mulheres com a condição são as mesmas de quando a fertilização é realizada por outros motivos, sendo assim um excelente método para aumentar as chances da paciente de ser mãe biológica.

Porém, antes de optar por qualquer procedimento, é fundamental consultar um médico especialista em reprodução humana, que poderá indicar o melhor tratamento para cada caso de acordo com fatores como idade, histórico de saúde e qualidade dos óvulos.

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Dr. Rodrigo Rosa
(./Divulgação)

 

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