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Doação de sangue salva vidas e é um compromisso coletivo

Brasil enfrenta um desafio persistente de estoques de sangue baixos; enfrentamento exige informação, educação e efetividade das políticas públicas

Por Catherine Moura*
20 jun 2024, 08h00

A doação de sangue é mais do que um ato de solidariedade. É uma necessidade para milhares de vidas. No entanto, o Brasil enfrenta um desafio persistente de estoques de sangue baixos. O enfrentamento dessa situação exige uma abordagem ampla focada na informação, educação e na efetividade das políticas públicas em saúde.

Alguns fatores historicamente agravam a criticidade dos níveis dos bancos de sangue, dentre eles, o início do inverno e o período de férias. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023, 1,6% da população doou sangue. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que cada país tenha 1% a 3% da população como doadora regular. Embora dentro da recomendação, nosso país, com dimensões continentais e com diferenças regionais e estruturais que não podem ser esquecidas, requer estratégias efetivas para conseguirmos incrementar o engajamento de doadores de sangue em todo território nacional.

A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e a Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta) anualmente lançam campanhas no Junho Vermelho, mês da conscientização sobre o tema. Em 2024, nossa ação é intitulada “Doe Sangue e Salve Vidas. Sua Atitude Reflete em Todos”, justamente para mostrar à sociedade que um simples gesto pode fazer a diferença para muitos e também gerar transformação conjunta na qualidade de vida e saúde daqueles que precisam de sangue e hemoderivados.

Educar os brasileiros desde cedo sobre a importância da doação de sangue voluntária certamente ajudará a criar uma rede solidária, de cidadania e cuidado ao próximo. Programas educativos em escolas e universidades, por exemplo, além das campanhas informativas e de sensibilização, podem aumentar significativamente os estoques nos hemocentros. Precisamos desmistificar tabus e levar as informações corretas quanto aos critérios para a doação, e especialmente sobre os benefícios que que ela pode gerar.

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Mas a comunicação, embora muito eficaz, é apenas um dos pilares para que o cenário no país e as estatísticas sejam impactadas positivamente. É também crucial que o governo, nas instâncias federal, estadual e municipal, coordene esforços e adote políticas públicas que incentivem a doação de sangue.

Além de disseminar informações com maior frequência e em canais de grande visibilidade, é necessário que haja infraestrutura para a coleta de maneira expandida, bem como profissionais capacitados, que mostrem a segurança do procedimento e ofereçam um atendimento de qualidade.

As transfusões sanguíneas podem ser necessárias em qualquer momento da vida, seja por causa do tratamento oncológico — como nos casos das leucemias agudas–, no tratamento da talassemia (tipo de anemia rara e hereditária), cirurgias, acidentes e até mesmo nos desastres ambientais, de impacto coletivo.

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Não há um substituto para o sangue. Todos nós precisamos estar envolvidos nesta causa coletiva. E já deixo aqui meu convite, doe sangue você também. É simples e rápido! Alguns dos critérios para a doação são:

  • Estar em boas condições de saúde
  • Ter entre 16 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos)
  • Pesar no mínimo 50 kg e estar descansado, com pelo menos 6 horas de sono nas últimas 24 horas

As informações completas sobre as ações de Junho Vermelho Abrale e Abrasta estão aqui. Sejamos, todos, reflexos em nossa sociedade!

* Catherine Moura, médica sanitarista e CEO da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale)

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