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Controle da alimentação e do peso é estratégia contra a infertilidade

O consumo de legumes, verduras, frutas e alimentos ricos em gorduras saudáveis aumenta a chance de gravidez em até 30%

Por Rodrigo Rosa
13 set 2021, 18h23

Casais que desejam ter um filho, mas não conseguem, podem aumentar as chances com alguns cuidados de saúde, dentre elas uma dieta balanceada e um maior controle do peso.

Diversos estudos mostram o impacto negativo da obesidade na fertilidade do casal. Mulheres com sobrepeso têm cerca de 25% menos chances de engravidar e aquelas com obesidade apresentam queda na taxa mensal de gravidez de até 50% em relação às mulheres com a mesma idade e com peso normal. No caso das mulheres, ainda há risco de desenvolver diabetes gestacional durante a gravidez, o que pode causar problemas de saúde ao filho.

 Em relação à obesidade masculina, o impacto pode ser ainda maior. Homens obesos apresentam diminuição de até 60% na fertilidade, pois a obesidade pode ocasionar baixa quantidade e qualidade do sêmen.

 O peso inadequado também favorece o surgimento de doenças como diabetes e hipertensão, com influência direta sobre a fertilidade. Nos homens, o excesso de gordura corporal prejudica a produção de testosterona, o que, além de reduzir o apetite sexual e causar dificuldades de ereção, também interfere na qualidade e quantidade de esperma. No geral, quanto maior o sobrepeso, menor é a qualidade, concentração e motilidade do esperma.

 Já nas mulheres, o peso inadequado também interfere na produção dos hormônios sexuais femininos, principalmente o estrogênio, o que, consequentemente, atrapalha o processo de ovulação.

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 E, nesse caso, não se trata apenas da obesidade, já que mulheres excessivamente magras, como quem sofre de anorexia, também têm menor chance de engravidar, além de possuírem um risco maior de entrar na menopausa precocemente.

 Da mesma forma, a alimentação com consumo exagerado de açúcar foi apontada como um obstáculo, pois atrapalha a atuação de hormônios requeridos no processo de reprodução e também está envolvido na inibição do gene regulador de estrogênio e testosterona.

 O consumo excessivo de açúcar também pode levar a um processo inflamatório com consequente risco de estresse oxidativo, o que pode lesar o DNA de células germinativas, aumentar a frequência de mutações prejudiciais e desequilibrar a expressão de genes que atuam na reprodução, assim comprometendo o processo reprodutivo.

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 E é importante destacar que isso acontece por conta do excesso de açúcar e independe do peso dos pacientes, que podem ser magros, mas ter uma má alimentação, o que prejudica a fertilidade. 

Para controlar o peso, o ideal é buscar auxílio profissional e começar a praticar exercícios físicos. Mas, além do peso, também é necessário preocupar-se com o que se come: a alimentação influencia a maioria dos processos do organismo, afinal, é ela a responsável por fornecer os nutrientes necessários para que as células funcionem corretamente. E isso também vale quando o assunto é fertilidade.

 Sabemos que o consumo de legumes, verduras, frutas e alimentos ricos em gorduras saudáveis (salmão, atum, sardinha e sementes, por exemplo) aumentam a chance de gravidez em até 30%.

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 Esses alimentos auxiliam na produção de hormônios envolvidos na fertilidade, por serem ricos em nutrientes como ômega-3 e selênio.

 Por fim, é importante lembrar que casais que tentam, mas não conseguem engravidar por um período de um ano devem procurar médicos especialistas em Reprodução Humana para investigar as possíveis causas. 

Dr. Rodrigo Rosa
(./Divulgação)
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