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Letra de Médico

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Como rastrear alguns tipos de câncer

É preciso ficar atento aos biomarcadores oncológicos. Em geral, eles são compostos por proteínas ou outras substâncias produzidas por células cancerígenas

Por Marcelo Bendhack
13 jun 2022, 15h57

Uma forma de rastrear alguns tipos de câncer é ficar atento aos biomarcadores oncológicos. Em geral, eles são compostos por proteínas ou outras substâncias (genes ou outras moléculas) produzidas por células cancerígenas e que, por serem identificáveis, muitas vezes em maior quantidade ou simplesmente presentes, apontam para forte suspeita sobre a presença de um tumor maligno. Há várias características destes marcadores, principalmente em relação à sensibilidade (número de exames positivos entre os pacientes com doença) e especificidade (quantidade de exames negativos entre pessoas sadias).

O ideal de excelência de um biomarcador é apresentar estes dois fatores o mais próximo dos 100%. Assim, doentes deveriam ter o marcador identificável sempre. E sadios não deveriam ter marcador detectável nunca.

Os biomarcadores podem ser também importantes quanto à resposta a um determinado tratamento e, assim, auxiliar na indicação de terapias que têm mais probabilidades de atingir as células cancerígenas. Esses marcadores podem ser encontrados no sangue, na urina, no próprio tumor ou em outros tecidos ou fluidos corporais de alguns pacientes com câncer e, em muitos casos, prever a agressividade do tumor. Técnicas sofisticadas auxiliam o diagnóstico para câncer e os biomarcadores tumorais estão associados a um tipo de câncer ou a vários tipos. Apesar disso, ainda não existe um marcador tumoral “universal” para todas as neoplasias.

No caso do Câncer de Próstata, um desses marcadores é o já conhecido PSA (Antígeno Específico da Próstata, do inglês Prostate Specific Antigen), glicoproteína produzida quase exclusivamente pelas células epiteliais da próstata. Quando o PSA está aumentado, pode ser fruto de uma condição benigna da próstata ou de um câncer de próstata. Como alguns homens com nível elevado de PSA não têm necessariamente câncer de próstata, o PSA deve sempre ser interpretado com cuidado e é bastante útil para monitorar a recidiva da doença.

 Empobrecimento dos genes

Uma novidade nessa área foi publicada recentemente por um grupo de médicos e cientistas no periódico Scientific Report (base de artigos científicos da revista Nature). A pesquisa¹ ² sobre um biomarcador conhecido como LINE-1 mostrou um empobrecimento dos genes durante o processo de envelhecimento. O estudo revelou ainda que o desenvolvimento das células desses genes tem sido associado à diversas síndromes de hipo e hipercrescimento, alterações neurológicas e tumorais.

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Essa alteração do DNA pode levar as células cancerosas a uma transformação maligna. Como elas possuem a mesma informação genética, o que garante a diferenciação entre elas e possibilita a formação de vários tecidos é o fato de determinados genes estarem ligados ou desligados. Essa “regulagem” celular pode provocar uma alteração genética, como uma mutação, uma alteração definitiva. No entanto, podem ocorrer também alterações reversíveis e, por isso, muito interessantes para possíveis terapias.

Por tudo isso, entender como funcionam e como agem os biomarcadores tumorais é fundamental para o estudo do diagnóstico e para a prevenção contra o desenvolvimento do câncer.

Letra de Médico - Marcelo Bendhack
(./Divulgação)
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