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Caspa pode ser diferente em homens e mulheres: o que muda no tratamento?

Novo estudo sobre o microbioma do couro cabeludo revela padrões distintos de descamação entre os sexos

Por Julio Pierezan*
3 dez 2025, 07h00

A caspa, forma leve da dermatite seborreica, é um problema muito comum e se manifesta por meio de descamação, coceira e irritação no couro cabeludo. Tanto homens quanto mulheres podem sofrer com o quadro, mas a impressão geral e confirmada na prática clínica é que os homens costumam ter episódios mais persistentes e difíceis de controlar.

Um estudo recente, publicado no periódico da Associação Britânica de Dermatologistas, investigou o microbioma do couro cabeludo – isto é, o conjunto de fungos e bactérias que vivem ali – e comparou as diferenças entre os sexos masculino e feminino.

Os resultados mostraram que as pessoas com caspa apresentam um desequilíbrio nesse ecossistema. Entre os achados: níveis mais baixos da bactéria Cutibacterium acnes (que ajuda a manter a pele equilibrada); maior presença de Malassezia restricta (fungo que se “alimenta” do sebo e é um dos principais gatilhos da descamação); e aumento de Staphylococcus capitis e Corynebacterium spp., microrganismos que, em excesso, contribuem para irritação e inflamação.

Mesmo quando a caspa parecia menos severa visualmente, o couro cabeludo dos homens tinha um desequilíbrio microbiano semelhante ao de casos mais graves.

Além disso, a pesquisa mostrou que existem diferenças na estrutura da pele. Os homens possuem menos ceramidas, que são essenciais para a barreira de proteção da pele e maior perda de água, indicando uma barreira cutânea mais vulnerável. Isso ajuda a explicar por que a caspa pode ser mais resistente neles.

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Se homens e mulheres têm mecanismos diferentes por trás da caspa, o cuidado também pode variar. O primeiro passo é um diagnóstico preciso, que muitas vezes exige tricoscopia, exame que amplia a imagem do couro cabeludo para avaliar inflamação, oleosidade e descamação.

Depois do diagnóstico, o tratamento é individualizado e pode incluir terapia com LED, microinfusões de medicamentos na pele, uso de ativos anti-inflamatórios e reguladores sebáceos por meio de microagulhamento e fórmulas tópicas personalizadas, com agentes que controlam oleosidade, antifúngicos etc.

Com um diagnóstico correto e um tratamento ajustado ao tipo de couro cabeludo, é possível controlar a caspa de forma mais eficaz, especialmente nos homens, que, segundo a nova evidência, têm uma barreira cutânea naturalmente mais frágil.

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* Julio Pierezan é médico tricologista, especialista em transplante capilar e membro da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC) e da International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS)

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