Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Letra de Médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil
Continua após publicidade

Bipolaridade: por que precisamos nos conscientizar mais sobre o transtorno

No dia dedicado ao transtorno bipolar, especialista desmistifica características do quadro e ressalta importância do apoio familiar e social

Por Michel Haddad*
Atualizado em 9 Maio 2024, 10h56 - Publicado em 30 mar 2024, 08h30

O transtorno bipolar é marcado por uma alteração persistente de humor, que pode variar entre episódios de depressão e mania/hipomania. De um lado, a tristeza e o desamparo. Do outro, a euforia.

Durante o acompanhamento e tratamento, a rede de apoio é peça fundamental. Familiares, parceiros e amigos ajudam a identificar os sinais de alteração do humor, a manter os remédios em dia, a frequentar as sessões de psicoterapia e as consultas médicas.

Para que tudo isso seja possível, não só o paciente como as pessoas do seu círculo social devem entender as características e sinais da doença, bem como as particularidades do tratamento.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 140 milhões de pessoas no mundo são bipolares. No Hospital Dia de Psiquiatria do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), a bipolaridade é um dos transtornos mentais mais prevalentes.

No HSPE, há um esforço para promover a psicoeducação, isto é, conscientizar e informar sobre o transtorno bipolar as pessoas próximas de quem está em acompanhamento médico. O objetivo é melhorar a adesão ao tratamento e a investigação do comportamento do paciente no dia a dia, fornecendo informações que podem tornar a abordagem terapêutica ainda mais assertiva diante das peculiaridades de cada caso.

Continua após a publicidade

A participação do círculo social é extremamente importante até mesmo para o diagnóstico da doença. Apesar de a bipolaridade apresentar sintomas clássicos, marcados principalmente pela mudança no estado de humor, muitas vezes essas alterações passam desapercebidas. Principalmente durante os episódios de hipomania, em que a sensação de energia, disposição e bem-estar é intensa e induz o paciente a acreditar que está ótimo. Por isso, o relato de alguém próximo faz a diferença e diminui as chances de uma abordagem terapêutica ineficaz.

Um exemplo: alguém com bipolaridade não diagnosticada que realiza tratamento com antidepressivos para depressão unipolar – apenas com sintomas depressivos, sem episódios de mania. Esse indivíduo pode ficar mais suscetível a episódios de hipomania e mania, além de apresentar quadro depressivo mais duradouro.

Vale lembrar que é comum a conversão diagnóstica (depressão unipolar para transtorno bipolar) após análise mais criteriosa da história de vida do paciente e identificação de elementos que a justifiquem. Nesse sentido, ocorrerá certamente a mudança no tratamento, que impactará significativamente a melhora dos sintomas, da qualidade de vida e da funcionalidade dessas pessoas.

Também contribui para os bons resultados entender que nem toda bipolaridade é igual. Podemos dividir o transtorno em dois tipos:

Continua após a publicidade

• Bipolar tipo 1, com episódios de mania e depressão;

• Bipolar tipo 2, com episódios de hipomania e depressão.

O círculo social que conhece melhor a bipolaridade pode ajudar a diminuir o estigma e a imagem depreciativa sobre a doença. Pode também colaborar para normalizar o assunto e engajar os pacientes a seguir o tratamento para viver com mais qualidade.

* Michel Haddad é psiquiatra no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), principal unidade do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe)

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.