![SÃO PAULO, SP, 05.12.2019 - Entrevista com Elena Landau, em São Paulo. Economista e advogada, é presidente do Centro Acadêmico do Livres, movimento que defende o liberalismo na economia e nos costumes criado em 2015. O grupo chegou a ser parte do PSL, mas deixou o partido após a filiação de Jair Bolsonaro. Foi diretora de desestatização do BNDES de 1994 a 1996. Em 2017, deixou o PSDB depois de 25 anos filiada ao partido. (Foto: Karime Xavier/Folhapress)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/ELENA-LANDAU-2019-2.jpeg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
“É preciso ter, de fato, um Ministério da Educação que tenha meta de melhorar a qualidade na educação infantil, no ensino fundamental e médio. O MEC, desde o PT, olha a universidade. É desproporcional o que se gasta e o que se foca no Brasil entre universidade e primeira infância. Temos que trabalhar mais nas linhas básicas mesmo, há um atraso muito grande (…) A gente, em relação à OCDE [grupo de 36 países, a maioria de alta renda], tem um bom nível de gasto em educação, mas precisa reformular a gestão (…) A ideia é azeitar a relação com os Estados para focar na formação de capital humano. O Brasil não vai dar salto de produtividade, depois do bônus demográfico, sem investimentos sérios na formação de capital humano. Olhando modelos do Ceará, de Teresina, de Pernambuco no ensino médio, e do Espírito Santo, temos vários exemplos de sucesso. E, claro, vamos testar coisas mais ousadas, como uma nova carreira para professor, [com] dedicação de 40 horas em uma mesma escola. É um processo de longo prazo, mas o longo prazo começa hoje.”
(Elena Landau, coordenadora do programa de governo da candidata presidencial do MDB, Simone Tebet, a Fabio Graner, do portal Jota.)