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Informação e análise

Presente de Tarcísio aos adversários: 673 mortes em ações policiais

Nos últimos onze meses morreu mais gente em ações da polícia paulista do que em 2023: foram 61 mortes por mês, duas por dia, uma a cada doze horas

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 dez 2024, 08h00

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, está começando planejar sua campanha para a eleição de 2026. É mais provável, hoje, que seja candidato à reeleição pelo Republicanos e se mantenha à margem da disputa presidencial.

Às vésperas de uma campanha que se prenuncia acirrada, é notável a vulnerabilidade do governador-candidato na segurança pública.

O lado mais visível do governo paulista, nessa área que diferentes pesquisas indicam ser de interesse prioritário do eleitorado, tem sido o da banalização da morte em ações policiais.

Os dados do Ministério Público são eloquentes: até novembro 673 pessoas morreram em intervenções da polícia. Equivale a 61 mortes por mês, duas por dia, uma cada doze horas.

Nos últimos onze meses, morreu mais gente em ações policiais do que durante todo o ano passado (foram 460).

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É evidente que alguma coisa está fora da ordem na segurança pública paulista.

Sempre existe a possibilidade de que parte das mortes não tenha origem no arbítrio dos agentes. Porém, mesmo quando a exceção ocorre, o governo Tarcísio de Freitas tem dificuldades em mostrar evidências. E a razão é o vacilo na adoção de políticas rígidas de fiscalização e controle da atividade policial.

A premissa da inocência dos agentes do estado tem sido uma constante nas reações do governador paulista à escalada de mortandade em ações policiais.

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Ela pode ser útil à política assentada no corporativismo que alenta aspirações políticas de seus defensores, como é o caso do secretário de Segurança, Guilherme Derrite. Mas para o governo é, essencialmente, perigosa.

Entre várias razões, duas se destacam:

1) Envenena a política de segurança pública, que se converte em fator de insegurança para a sociedade;

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2) Obriga o governador, principal responsável, à exaustão na repetição da promessa de que os casos “serão investigados, rigorosamente punidos e outras providências serão tomadas em breve”.

O biombo retórico de Tarcísio de Freitas é insuficiente para dissimular sua evidente fragilidade no comando do governo paulista: o descontrole da força policial. Na campanha, é um presente para os adversários.

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