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Mulheres são a grande novidade da campanha

Elas predominam nos debates presidenciais, o deste sábado marcado pela ausência de Lula, líder nas pesquisas

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 set 2022, 07h58 - Publicado em 24 set 2022, 23h18

O ativismo das mulheres é a grande novidade da campanha eleitoral. Maioria no eleitorado, com 52% dos votos, elas conseguiram se impor nos partidos — há quatro candidatas à presidência —, e passaram a condicionar a pauta e a dominar o debate político.

Até agora, predominaram nos confrontos de candidatos presidenciais — o deste sábado, marcado pela ausência de Lula, líder nas pesquisas.

É notável como duas estreantes, as senadoras Simone Tebet e Soraya Thronicke, cujas campanhas praticamente foram improvisadas, conseguiram se destacar numa arena tradicionalmente dominada por homens de extensa biografia na política profissional e longa experiência na esgrima retórica.

Demonstraram eficácia na crítica ao histórico de corrupção dos governos Lula, assim como no emparedamento de Bolsonaro pela inoperância no governo antes e durante a pandemia, que ainda não acabou.

Simone Tebet mostrou habilidade ao escapar da casca de banana sobre feminismo e aborto jogada por um exótico personagem, o autoproclamado padre Kelmon (PTB), empenhado em deixar explícita seu papel de auxiliar cênico de Bolsonaro.

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“O seu conceito [de feminismo] é diferente do meu”, ela respondeu no debate promovido por VEJA e um pool de veículos de comunicação. “Sabe o que, pra mim, é ser feminista? É defender o direito das mulheres, de ganhar iguais salários aos dos homens, porque a mulher preta no Brasil recebe até 40% menos [que homens]. O meu… o feminismo é exigir leis mais severas, colocar na cadeia homem que batem covardemente em mulher. É isso que é ser feminista.”

Acrescentou: “Eu sou feminista no meu conceito, e a vida inteira defendi a vida e sou contra o aborto. Qual é o problema disso? E eu vou dizer mais. Eu tive coragem de entrar com uma ação contra Bolsonaro e contra Lula, porque me senti ofendida, como cristã, quando ambos escolheram uma santa, pasmem, mas não para falar de amor, mas para poder digladiar com ódio [na propaganda eleitoral]: Madre Teresa de Calcutá. Coisa que o padre não fez. Lamento, padre, eu jamais me confessaria com o senhor. Jamais.”

Pode parecer pouco numa eleição com tendências de voto imutáveis nas pesquisas dos últimos 14 meses. Não é.

Os reflexos desse avanço do ativismo feminino — e as candidatas Simone e Soraya são produto disso — sinalizam mudanças na estrutura do poder político. Quem acha que é coisa para o longo prazo, se arrisca à frustração no futuro logo adiante.

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