
“Para o segundo turno, não vão três, vão dois [candidatos]. Hoje, Lula tem 15 pontos [nas pesquisas] de antibolsonaristas [no seu eleitorado]. E Bolsonaro tem 7 pontos que são de antipetistas. Fora aqueles que ainda estão procurando e não conseguiram encontrar uma alternativa. Tem um campo que está diluído, exatamente por causa da fragilidade da clareza da nossa posição. E, principalmente, do PSDB, que é o principal partido de oposição ideológica, do ponto de vista democrático, ao ex-presidente Lula. Infelizmente, depois das prévias [no PSDB] a gente esperava um encaminhamento e o que a gente vê agora é uma loucura, pra não dizer outra palavra (…) Uma aliança suprapartidária é o que todos querem, mas, hoje, nem o governador Doria, nem Simone Tebet nem Eduardo Leite, nem nenhum dos outros candidatos que estão nesse campo que se chama terceira via, nenhum deles vai conseguir coalizão nenhuma. Eu acho que é um erro político não se colocar como o adversário da vaga do Bolsonaro. Eu acho que a gente tem que dar clareza ao eleitor, por que a gente quer disputar essa vaga e o que nós representamos. E se nós continuarmos brigando, nem aqueles que estão legitimados pelas prévias ou pelos seus partidos, como o MDB com a senadora Simone Tebet e outros, vão conseguir ir a lugar nenhum. Não haverá coligação em julho, né?, com toda boa vontade, se um estiver com 3% outro com 2% e outro com 1%. Mas se alguém chegar a 8%, chegar a 10%, eu acho que esse tempo tem que ser dado [para viabilizar aliança]… Eduardo Leite poderia coordenar as candidaturas dos três partidos, organizar um plano de governo ambicioso.”
(Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara e secretário de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo, a Daniela Lima, da CNN.)