![.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/Cristiane-Jourdan-by-Najara-Araújo-AG-Camara.jpeg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
“Talvez tenha sido a primeira manifestação que eu tenha criado um descontentamento, internamente, na Anvisa. Eu não aprovei, mas a [vacina indiana] Covaxin e a [russa] Sputnik foram aprovadas com mais de vinte condicionantes. Teve influência política? Com certeza. A Covaxin, por parte do governo, e a Sputnik, por parte do Consórcio Nordeste [formado pelos Estados nordestinos, quase todos governados pela oposição] (…) É surreal o que acontece na Anvisa. Essas decisões são feitas de uma maneira, as argumentações, às vezes elas são feitas só para constar. A gente vê que as decisões, quando elas não podem ser mitigadas, são retiradas de pauta. Retira um ano e não volta, nunca mais aparece. Fico assustada, como as coisas acontecem lá dentro. Existe uma influência enorme das indústrias, uma influência enorme do Congresso. E vocês entendem o que eu estou falando.”
(Cristiane Jourdan, diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa).