
“Eu só lamento que o PSDB não esteja apresentando ao Brasil uma proposta alternativa aos dois extremos que hoje estão aí colocados — um representado pelo ex-presidente Lula e outro pelo presidente Bolsonaro. Eu lutei muito, internamente, para que o PSDB apresentasse ao Brasil um projeto de país, né? Porque nós temos um projeto, somos liberais na economia, pregamos e praticamos a responsabilidade fiscal, temos programas importantes de inclusão social testados e vitoriosos. Mas houve por parte da direção do partido a intenção de privilegiar a candidatura do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, então vice-governador à época. Infelizmente, o PSDB está fora dessa disputa. É mal para o PSDB , mas é muito ruim para o Brasil. Como proposta alternativa, eu defendi o nome do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. É nome novo, com uma obra muito bem realizada, vitoriosa. Teria o que apresentar e seria capaz de inovar no discurso, de dar uma oxigenada na política com uma agenda nova, transformadora, moderna, mas infelizmente uma parcela do partido se curvou ao peso à força do governo de São Paulo, e fizeram muito mal ao Brasil. Mas essa conta vai chegar lá na frente.”
(Aécio Neves, deputado federal, ex-governador de Minas Gerais e ex-candidato presidencial pelo PSDB.)