‘No casamento há menos sexo’, diz psicanalista sobre fala de Fernanda Lima
Regina Navarro Lins comenta assunto à coluna Janela Indiscreta

A vida agitada de compromissos, trabalho e cuidados com a família afeta os relacionamentos – e não é diferente para os famosos. Recentemente, a apresentadora Fernanda Lima chamou atenção ao revelar que a rotina corrida tem impactado sua intimidade com o marido, Rodrigo Hilbert. Durante sua participação no programa Surubaum, comandado por Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, ela admitiu que o casal está passando por um período de menos frequência sexual devido à falta de tempo. “Não está fácil na minha casa”, confessou Fernanda, em um trecho divulgado nas redes sociais.
A declaração gerou identificação imediata entre os seguidores, que também relatam desafios semelhantes em suas relações. À coluna Janela Indiscreta, a psicanalista Regina Navarro Lins afirma que esse problema não é uma exceção dos relacionamentos longos, mas uma regra. E tem a ver com o modelo tradicional monogâmico. “O maior problema do casamento é o sexo. Com o tempo, e nem precisa ser muito, as pessoas fazem pouco e muita gente fica junta sem fazer”, explica a autora de Novas Formas de Amar. “Isso tem a ver com a falta de surpresa. Se a outra parte não tem uma vida própria, não sai sozinha, não tem amigos separados, acaba a sedução, a conquista. A monogamia estimula controle, possessividade e ciúme que acabam com a individualidade”, afirma.
Regina defende que “o mínimo de insegurança, no sentido do outro ter uma vida própria, faz com que a vontade continue”. “Infelizmente, a maioria se submete às imposições da cultura, mas continua fazendo sexo escondido dos parceiros”, afirma. Em mais de meio século atendendo em consultório, a psicanalista revela que a maior queixa das mulheres é não desejar o parceiro, mesmo quando dizem amá-lo. “Amor e sexo são totalmente distintos, você pode amar sem ter tesão”, diz.
E há uma ressalva importante: “Não tem problema nenhum em um casamento sem sexo, se os dois tiverem de acordo. Mas geralmente não é o que acontece, uma das partes quer e a outra não”.