Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Isabela Boscov

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Está sendo lançado, saiu faz tempo? É clássico, é curiosidade? Tanto faz: se passa em alguma tela, está valendo comentar. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Um Gato de Rua Chamado Bob

Inédita no cinema, esta história real é tão gostosa e reconfortante quanto canja de galinha

Por Isabela Boscov Atualizado em 25 abr 2017, 14h01 - Publicado em 25 abr 2017, 09h00

Bob, um gato amarelo que certo dia entrou pela janela do apartamento triste, sujo e feio do viciado em heroína James Bowen, não precisou fazer muita coisa para salvar seu novo dono; bastou ser e estar. E também este filme dirigido pelo veterano Roger Spottiswoode e protagonizado pelo ótimo Luke Treadaway (inédito nos cinemas brasileiros e disponível no NOW, GooglePlay e outras plataformas) não precisa fazer muito para ganhar o espectador. Melancólica sem forçar a barra e otimista sem pesar a mão, esta adaptação das memórias de Bowen desce fácil, fácil. É como canja de galinha – gostoso, reconfortante e básico. Atração extra: o carismático Bob é interpretado pelo próprio, com alguma colaboração de outros dublês felinos. Bob é um gato e tanto, o que ajuda a entender como ele pôde fazer tanta diferença na vida do sujeito que teve a sorte (e a bondade) de acolhê-lo.

Um Gato de Rua Chamado Bob
(Sony Pictures/Divulgação)

Em meados da década passada, James, um músico de rua que fazia ponto no Covent Garden de Londres, vinha trilhando aos solavancos o caminho da reabilitação: encontros semanais com a assistente social (Joanne Froggatt, a queridíssima Anne de Downton Abbey), doses diárias de metadona na farmácia, distância dos amigos viciados. Mas a própria vida não ajudava. Sem endereço fixo nem banho, sem dinheiro para comer e sem família (mãe na Austrália, pai que fingia não vê-lo na rua nem o deixava entrar na casa da nova família), ele era uma recaída esperando para acontecer até a chegada de Bob, que veio, ficou e não largou mais de James – que demorou a entender que havia sido escolhido como dono de fato, e não só como pouso temporário. Antes de Bob, James não ganhava mais do que um punhado de moedas por dia. Com Bob aninhado nos seus ombros enquanto tocava e cantava na esquina, James virou sensação: rodas imensas se formavam para vê-lo, e chovia dinheiro na caixa do seu violão.

Um Gato de Rua Chamado Bob
(Sony Pictures/Divulgação)

Ninguém se refaz da noite para o dia de uma vida inteira desperdiçada, claro, e James tomou vários outros trancos antes de se pôr de pé de vez. Mas Bob foi fundamental. Assim como é fundamental a simplicidade com que Roger Spottiswoode (de 007 – O Amanhã Nunca Morre) retrata esse processo, o de voltar pouco a pouco ao mundo dos vivos. Com Bob, James deixou de ser invisível – e ganhou um impulso decisivo, por ter outra criatura que manter viva e com que se preocupar. Ganhou, ainda, uma chance de loteria: entre as pessoas que iam fazer awwwnnn e ahhhhnnn vendo-o tocar com Bob nos ombros, no Covent Garden, estava a editora literária que encorajou James a transformar sua história em livro. E, agora, neste filme bem singelo e muito simpático.

Continua após a publicidade

Trailer

UM GATO DE RUA CHAMADO BOB
(A Street Cat Named Bob)
Inglaterra, 2016
Direção: Roger Spottiswoode
Com Luke Treadaway, Ruta Gedmintas, Joanne Froggatt, Anthony Head, Beth Goddard, Darren Evans, Caroline Goodall, Ruth Sheen e o gato Bob

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.