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Isabela Boscov

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Oldboy

Por Isabela Boscov 18 Maio 2005, 18h16 • Atualizado em 11 jan 2017, 15h58
  • O filme-extremo

    No sensacional coreano Oldboy, violência e razão nunca andam juntas.

    Oh Dae-su (o astro coreano, e excelente ator, Min-sik Choi) é bêbado e inconveniente, mas isso não é motivo para que alguém seja encarcerado, durante quinze anos, no que parece ser um quarto de hotel de quinta categoria. Deve haver, então, outra razão — e é ela que Dae-su vai procurar sem trégua a partir do momento em que é libertado, no feroz Oldboy. Seguem-se cenas em que um personagem contribui com a língua ou os dentes e o outro com um par de tesouras ou um martelo; uma briga num corredor em que a vítima, com um machado cravado nas costas, causa dor intensa a seus agressores; e uma seqüência já célebre na qual Dae-su devora um polvo vivo, que tenta escapar da garganta do protagonista agarrando-se a seu rosto. Oldboy, portanto, é tido como mais uma criação do chamado cinema-extremo (do qual Irreversível, do francês Gaspar Noé, é outro exemplo), e descartado por boa parte da crítica como uma demonstração de virtuosismo e de sadismo mal-e-mal disfarçado por um pretexto moral. Tanto quanto seja possível afirmar que uma opinião é correta e outra, equivocada, erra quem avaliar Oldboy de forma tão superficial. O diretor Chan-wook Park é de fato um virtuose e um dos condutores do movimento que tem feito do cinema sul-coreano a nova grande atração dos festivais. Mas possui também uma moralidade que não é falsa nem rasa.

    A vingança, argumenta Oldboy, é uma causa sem causa: quem se enfronha nela não pode parar, porque atingi-la só traria o vazio. E a violência é, por conseguinte, apenas outro tipo de prisão, tão insensata quanto o quarto de hotel de Dae-su — mas sem perspectiva de liberdade eventual. A tese do diretor Park já foi defendida, com resultados menos polêmicos, pelo Francis Ford Coppola de Apocalypse Now ou pelo Clint Eastwood de Sobre Meninos e Lobos. Talvez o coreano assuste é por sua afinidade com outro cineasta implacável, o americano Stanley Kubrick (com quem compartilha o dom de comprimir o máximo de tensão em cada enquadramento): como Laranja Mecânica, Oldboy mostra o ser humano tendendo naturalmente à desrazão e ao caos.

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    Isabela Boscov
    Publicado originalmente na revista VEJA no dia 18/05/2005
    Republicado sob autorização de Abril Comunicações S.A
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    © Abril Comunicações S.A., 2005


    OLDBOY
    Coreia do Sul, 2003
    Direção: Chan-wook Park
    Com Min-sik Choi, Ji-tae Yu, Hye-jeong Kang
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