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Isabela Boscov

Por Coluna
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Missão: Impossível – Nação Secreta

Por Isabela Boscov Atualizado em 11 jan 2017, 16h01 - Publicado em 21 ago 2015, 15h14

Quanto mais, melhor

Estou há mais de uma semana devendo um post de Missão: Impossível – Nação Secreta – falha de quem está começando o blog e ainda não pegou o ritmo. Mas vamos lá: meu comentário, com atraso, sobre o episódio mais redondo, bem amarrado, bem acabado e eletrizante da franquia desde o episódio inaugural, de 1996, dirigido por Brian De Palma.

Tom Cruise é astro oficialmente há 32 anos, desde Negócio Arriscado; e a franquia Missão: Impossível vem sendo explorada no cinema há dezenove anos (quando nem se dizia ainda nem “série” nem “franquia”, mas sim “continuação”). Na escala de tempo do pop, é mais ou menos como se Cruise tivesse estourado junto com o Big Bang, e Brian De Palma tivesse dirigido o primeiro Missão: Impossível no tempo em que a Lua começou a orbitar a Terra. Sinais de esgotamento criativo e desaceleração física seriam aceitáveis e compreensíveis. E, no entanto, o impulso que M:I ganhou em Protocolo Fantasma, há quatro anos, não apenas se mantém neste quinto episódio da franquia, Nação Secreta: ele vem acrescido de um refinamento estilístico que deve parte (boa parte) de sua inspiração a Alfred Hitchcock, e outra parte a 007 – Operação Skyfall – ou, mais especificamente, ao trabalho de destilação e depuração a que o diretor Sam Mendes submeteu James Bond no filme de 2012.

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Como James Bond em Skyfall, o agente Ethan Hunt de Tom Cruise é declarado aqui uma sobra obsoleta e constrangedora de um tempo que passou, no qual agências de inteligência podiam operar sem supervisão. Isolado e perseguido, Ethan precisa agir à margem de qualquer recurso ou sistema para provar que sim, ainda é necessário à ordem mundial. Tanto Ethan quanto a ação são, assim reduzidos ao absolutamente essencial.

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Dito de outra forma, é Cruise, na verdade, quem está depurado aqui à sua essência: carisma, agilidade física, poder de galvanizar a atenção da plateia. Sua missão é provar que sim, ele ainda é necessário ao cinema de entretenimento, e que não, não está obsoleto. Em princípio, pode-se supor que essas duas questões não estariam em discussão: com 369 milhões de dólares arrecadados em No Limite do Amanhã, 286 milhões em Oblivion e 218 milhões em Jack Reacher – O Último Tiro, Cruise é um astro aparentemente ainda sólido. Não é essa, porém, a visão da indústria: o clube do bilhão não para de crescer (já inclui 22 filmes) – e ele é quase todo formado por franquias em que o peso dos astros é pequeno ou mesmo inexistente.

Em 1996, foi o poder do nome de Cruise que fundou a franquia Missão: Impossível. Hoje, as franquias é que constróem os astros (de Chris Evans e Chris Hemsworth a Johnny Depp e Robert Downey Jr.) – e que, na mesma medida, retiram deles seu poder. Cruise é, na verdade, um dos poucos que conseguem se manter acima do patamar dos 200 milhões em seus voos solo: quase nenhum de seus colegas consegue transferir a popularidade que alcançam nas franquias para projetos “sem marca”. O que Cruise consegue provar aqui, sob a direção de Christopher McQuarrie (uma surpresa, dado o seu trabalho não mais que mediano e frequentemente equivocado em Operação Valquíria e Jack Reacher), é que não é só necessário a Missão: Impossível: ele é o conceito e a razão de ser da série.


Trailer


Missão: Impossível – Nação Secreta
(Mission: Impossible – Rogue Nation)
Estados Unidos/Hong Kong/China, 2015
Direção: Christopher McQuarrie
Com Tom Cruise, Simon Pegg, Rebbeca Ferguson, Jeremy Renner, Alec Baldwin, Ving Rhames, Sean Harris, Tom Hollander
Distribuição: Paramount
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