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Isabela Boscov

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Esqueça que é Carnaval com… “The Leftovers”

Por Isabela Boscov 5 fev 2016, 17h05 • Atualizado em 30 jul 2020, 23h34
  • Tenha paciência com a primeira temporada – e fique de queixo caído na segunda

    Em um dia 14 de outubro, exatamente no mesmo instante, cerca de 140 milhões de pessoas em todo o mundo desaparecem. Proporcionalmente (e com muita frieza) não é um número cataclísmico – 2% da população da Terra, apenas. De qualquer outro ponto de vista, é calamitoso. Praticamente não há família no mundo que não tenha sofrido ao menos uma perda; é o primeiro evento de luto global de que se tem notícia. Os desaparecimentos, além disso, não têm qualquer padrão que se possa reconhecer (gente boa ou ruim, velha ou nova, não importa) e sobretudo não têm explicação. Passado algum tempo, o senso comum fechou questão: foi um arrebatamento – uma chamada de almas para o Juízo Final. Mas a maior parte da humanidade acha difícil tirar daí algum consolo ou encontrar nessa ideia alguma lição. O que o arrebatamento de alguns implica para os que não foram arrebatados? Vai acontecer de novo? Não vai?

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    Baseada no romance homônimo do escritor americano Tom Perrotta, The Leftovers, que está disponível no NOW, é uma série sui generis: uma história pós-apocalíptica em que nem nas tramas nem no visual há qualquer traço de ficção científica. Toda a primeira temporada se passa na pequena cidade de Mapleton, no estado de Nova York, onde Justin Theroux é o xerife Kevin Garvey. Na família dele não houve nenhum arrebatamento, mas ela se desfez do mesmo jeito: sua filha adolescente (Margaret Qualley) está fora de controle, seu filho (Chris Zylka) se bandeou para o culto de um sujeito que diz tirar a dor das pessoas com abraços, e sua mulher, Laurie (Amy Brenneman), se juntou a outro culto, no qual todos se vestem de branco, fumam o tempo todo e são proibidos de falar. O método de recrutamento dessa facção – que vem crescendo rapidamente – é um bocado sinistro: consiste de identificar uma pessoa que esteja “no ponto” para ser convertida e então assediá-la silenciosa e continuamente. Como a chefe local do culto em Mapleton, a atriz Ann Dowd é um arraso. E ela terá uma função importante também na segunda temporada, que elimina todos os pontos fracos da primeira e multiplica por dez tudo que ela tem de bom.

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    Por isso sugiro alguma paciência com as irregularidades da primeira temporada de The Leftovers: embora o elenco seja quase todo ótimo e ela tenha episódios excelentes (como o que trata somente do pastor de Mapleton, interpretado por Christopher Eccleston), no geral ela sobe e desce, desce e sobe, e termina deixando uma sensação de que insistiu-se em ideias que não eram tão boas assim, e que algumas ideias realmente boas não foram aproveitadas como poderiam ser.

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    E é para isso que servem a experiência e a autocrítica. Quem criou, escreve e produz The Leftovers é Damon Lindelof – que tocava Lost junto com Carlton Cuse (no momento responsável por The Strain e Colony, duas séries bem inferiores a The Leftovers). Lindelof e Tom Perrotta reviram a sua primeira temporada de caneta vermelha na mão, entenderam tudo que era bom nela, jogaram fora tudo que era mais ou menos, entregaram quase todos os episódios à direção competentíssima de Mimi Leder (de E.R. e de O Pacificador) e se saíram com uma segunda temporada nada menos que espetacular. Agora Kevin Garvey é um ex-xerife: mudou-se com outros personagens centrais para Miracle, no Texas, que tem esse nome porque nenhum dos seus 9.261 habitantes foi arrebatado naquele 14 de outubro. Miracle virou sede de peregrinação e, para conter as multidões que querem visitá-la ou mudar-se para lá, transformou-se num pequeno feudo policial. Coisas muito estranhas e altamente intrigantes acontecem ali. Mas nada é mais estranho no mundo do que as pessoas normais – e Tom Perrotta, que é um cronista impiedoso subúrbios americanos (é de sua autoria também Pecados Íntimos, que virou um filme nota 10 com Kate Winslet e Patrick Wilson em 2006), se esbalda com a boa gente de Miracle.

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