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Isabela Boscov

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Alice Através do Espelho

Por Isabela Boscov 27 Maio 2016, 18h50 • Atualizado em 11 jan 2017, 16h19
  • Fique do lado de cá que é melhor

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    Nunca entendi o mais de 1 bilhão de dólares que Alice no País das Maravilhas, de 2010, fez na bilheteria mundial: com tudo que ele tem de colorido e delirante, é também um filme estéril e cansativo, uma colagem exagerada e desinspirada de elementos dos filmes anteriores de Tim Burton (ou recolagem, já que havia tempo ele vinha reciclando seu próprio trabalho), na qual cada ator faz aquilo que lhe convém ou que acha que deveria fazer, sem um ponto de convergência no qual mirar. São tantos os problemas de País das Maravilhas que o fato de ele ter pouquíssimo em comum com a obra de Lewis Carroll é a menor das inconveniências. Em Alice Através do Espelho, esses problemas se repetem e se agravam, começando pela maneira ainda mais arbitrária com que o roteiro pinça alguns pontos da história de Carroll para – suponho – fazer de conta que é uma adaptação do livro.

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    “Começando”, eu disse; a lista de tribulações que o espectador tem de enfrentar é longa. A história, agora teoricamente dirigida pelo inglês James Bobin (Burton assina apenas como produtor, mas é óbvio que mandou em tudo), é de uma fragilidade espantosa: o Chapeleiro está prestes a morrer de tristeza, porque acha que sua família sobreviveu à guerra do primeiro filme, mas Alice não acredita nele. Boa amiga que é, então, ela decide investigar se o Chapeleiro não teria razão. Consegue adentrar o castelo impenetrável do Tempo (Sacha Baron Cohen) para roubar dele um não-sei-o-quê que permitirá a ela viajar até o passado.

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    Alice descobre assim a origem da hostilidade entre as irmãs Rainha Branca (Anne Hathaway) e Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter), e fica sabendo também por que Vermelha tem aquela cabeça tão grande. A certa altura, ela passa para o lado de lá do espelho, por razões insondáveis – e com resultados nebulosos. Mas tudo, no final, volta aos seus devidos lugares. O que, em se tratando de Lewis Carroll, deveria ser uma impossibilidade, já que o mote das histórias de Alice é que nada, nunca, está no lugar certo ou do jeito esperado. E dá-lhe, cor, e figurino, e cenário, em quantidades atordoantes. As interpretações estão ainda mais caóticas: Johnny Depp transforma o Chapeleiro num pateta, Anne Hathaway é um pavor como a Rainha Branca, Sacha Baron Cohen é repetitivo como o Tempo, Mia Wasikowska está apática como Alice. Para mim, os únicos momentos de alívio foram aqueles em que Helena Bonham Carter estava em cena: dentre tanta gente fora de tom, ela pelo menos se afina com a insolência e a anarquia de Carroll.

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    Trailer


    ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO
    (Alice Through the Looking Glass)
    Estados Unidos, 2016
    Direção: James Bobin
    Com Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Sacha Baron Cohen, Anne Hathaway, Rhys Ifans, Andrew Scott, Lindsay Duncan e as vozes de Alan Rickman, Timothy Spall, Stephen Fry e Michael Sheen
    Distribuição: Disney

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