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Isabela Boscov

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A Criada

O sul-coreano Chan-wook Park tem estilo suficiente para uns três ou quatro cineastas. O que lhe falta é um pouco de alma.

Por Isabela Boscov 12 jan 2017, 10h00 • Atualizado em 4 jun 2024, 20h46
  • O conde Fujiwara (Jung-woo Ha) tem um plano: a jovem ladra Sook-Hee (Tae-ri Kim) vai se passar por serviçal de Lady Hideko (Min-hee Kim) e persuadir a aristocrata reclusa de que ela está apaixonada pelo conde. Os dois então se casarão, irão da Coreia para o Japão, onde ela tomará posse de sua fortuna, e ele tratará de declará-la louca e interná-la em um manicômio. O dinheiro ficará para o conde (na verdade, um trapaceiro criado na sarjeta). Sook-Hee, por seus préstimos, ganhará as roupas e as joias de Hideko. Mas a patroa é tão bela que Sook-Hee de imediato fica enfeitiçada por ela. Quer protegê-la do conde e do tio velho e devasso, que a explora: a função de Hideko é paramentar-se como uma dama japonesa e fazer leituras eróticas para homens lascivos, que compram os livros raros (falsificados) do tio. Essa é a trama de A Criada, do diretor Chan-wook Park. Ou a primeira das suas tramas: outra, e depois mais outra, vão se sobrepor a ela e alterá-la, até que o enredo tenha percorrido uma espiral completa em torno de si mesmo.

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    (Divulgação)

    Aspirante sul-coreano a uma vaga nas indicações para o Oscar de produção estrangeira, A Criada é mais um dos filmes-sensação de Park – a exemplo de Lady Vingança, de Sede de Sangue e do formidável Oldboy (que não deve, em hipótese nenhuma, ser confundido com a péssima refilmagem feita por Spike Lee). Passado na Coreia dos anos 1930, durante o período da anexação do país ao Japão (e antes da sua separação em Sul e Norte), o filme finge ter um comentário a fazer sobre a submissão que feriu o orgulho coreano e criou uma atmosfera de desmoralização generalizada. Mas é finta: Park está interessado é no mecanismo de relojoaria do seu suspense, na intriga, no sexo – muito sexo, com destaque para os febris encontros entre Hideko e Sook-Hee – e no estilo, esse um dom que ele possui em quantidade suficiente para uns três ou quatro cineastas. É lindo de ver e divertido de acompanhar. Mas, ao contrário de outros sul-coreanos em cartaz, como O Lamento e Invasão Zumbi, não deixa marcas na memória. Muito menos na alma.

    Isabela Boscov
    Publicado originalmente na revista VEJA no dia 11/01/2017
    Republicado sob autorização de Abril Comunicações S.A
    © Abril Comunicações S.A., 2017

    Trailer

    Continua após a publicidade
    A CRIADA
    (The Handmaiden)
    Coreia do Sul, 2016
    Direção: Chan-wook Park
    Com Tae-ri Kim, Min-hee Kim, Jung-woo Ha, Jin-woong Jo, So-ri Moon
    Distribuição: Mares Filmes

     

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