Um recorde japonês: novos casos de Covid-19
Na bolha olímpica, a vigilância e o uso de máscaras parece estar indo bem. Do lado de fora da bolha, não
![Tokyo (Japan), 06/08/2020.- A staff member holds placards 'Mask Off' and 'Mask On' before the medal ceremonies during the Athletics events of the Tokyo 2020 Olympic Games at the Olympic Stadium in Tokyo, Japan, 06 August 2021. (Japón, Tokio) EFE/EPA/WU HONG](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/08/f9dc5159bf3a8b32b6fc081512f1469b6c1d3856-1.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A funcionária de apoio no Estádio Olímpico alerta para o uso de máscaras, com bom humor. A vigilância entre a chamada “família olímpica” tem funcionado razoavelmente bem: foram registrados 333 casos de Covid-19 entre atletas, dirigentes e equipes de apoio das delegações desde o início dos Jogos. Do lado de fora da bolha, contudo, como o Japão não impôs lockdown, os Jogos apresentam outros recordes, tristes recordes. O número total de contaminados ultrapassou 1 milhão em 6 de agosto em meio à rápida disseminação do novo coronavírus. Demorou cerca de seis semanas para o número acumulado de novas infecções por coronavírus aumentar de 700 000 para 800 000. Aumentou depois de 800 000 para 900 000 em um período de quatro semanas. Chegou a 1 milhão em apenas oito dias a partir de 29 de julho, quando os casos chegaram a 900 000.
O aumento recente, segundo autoridades locais, foi impulsionado em grande parte pela variante Delta, altamente contagiosa. O número de novas infecções confirmadas no Japão em 6 de agosto superou o recorde anterior de 15 263 estabelecido no dia anterior. Foi o terceiro dia consecutivo de renovação de recorde.
De acordo com os relatórios do Imperial College de Londres, a taxa de transmissão no Japão é de 1,17. Ou seja: 100 pessoas contaminadas podem transmitir o vírus a outras 117. No Brasil, hoje, a taxa é de 0,97. No Brasil, apesar de tudo, apesar do negacionismo do governo federal, os números caem – no Japão da Tóquio olímpica, crescem.