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Giro pelo Oriente

Por Ana Cláudia Guimarães Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O que está rolando na Ásia

Pesquisadores defendem criação de fundo para inovação em saúde

Proposta será apresentada na Rio Innovation Week por Sue Ann Costa Clemens e Jerome Kim, com foco em parcerias globais para desenvolver vacinas

Por Ana Cláudia Guimarães
14 ago 2025, 21h00

Sexta-feira, dia 16, na Rio Innovation Week, às 12h30, será realizado o painel Além Fronteiras: Como a Vacinação Transforma Sociedades, que trará uma proposta inédita no Brasil para a criação de um Fundo de Tecnologia Inovadora em Saúde. Idealizado pela cientista Sue Ann Costa Clemens, referência internacional em vacinas, professora da Universidade de Siena e Conselheira Sênior da Fundação Gates, o painel conta com a participação do sul-coreano Jerome Kim, diretor-geral do Instituto Internacional de Vacinas, órgão das Nações Unidas sediado em Seul, e de Luiza Trajano, presidente do Conselho do Magazine Luiza, dos grupos Mulheres do Brasil e do Unidos pela Vacina. No centro do debate está a construção de parcerias globais para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos, para garantir o acesso equitativo, acelerar a inovação e fortalecer os sistemas de saúde em todo o mundo.

Para Sue Ann, em um contexto de competitividade do mercado, a inovação aberta  já é considerada uma tendência mundial e pode quebrar paradigmas:

“Vivemos um momento de crise na saúde mundial com cortes significativos de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Essa crise pode ser transformada em oportunidade por meio da liderança e inovação, e que essa liderança venha do Brasil “, diz Sue Ann.

Fundos de Tecnologia Inovadora em Saúde já dão certo na Ásia. Segundo a professora Sue Ann, como exemplo de fundo global, podem ser citados  os pioneiros Ghit,  do  Japão,  do qual Sue Ann é membro do conselho científic;  e o Right, da Coreia do Sul, onde o IVI é colaborador. O objetivo destes fundos é acelerar vacinas, diagnósticos, medicamentos, assim como promover a inovação em saúde digital no país sede e nos países parceiros dos projetos que recebem fomento.

Estabelecido em 2018, o Fundo Right é uma parceria entre o Ministério da Saúde e Bem-Estar da Coreia do Sul, a Fundação Gates e a indústria coreana de Ciências da Vida, facilitada pelo IVI. O Right mobilizou mais de US$200 milhões por meio de 70 doações, fomentou a colaboração entre 22 países e avançou em tecnologias críticas para países de baixa e média renda. Posicionou a Coreia como um dos líderes globais em inovação em saúde.

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A inovação em saúde global continua excessivamente dependente de países de alta renda e de suas prioridades e interesses de saúde, com acesso desigual a tecnologias que salvam vidas e esforços internacionais fragmentados”, explica Jerome Kim

Para cientistas, traduzir o modelo do Fundo Right para o contexto do Brics oferece uma oportunidade estratégica para mudar essa dinâmica, permitindo que economias emergentes liderem o desenvolvimento de tecnologias em saúde equitativas, resilientes e sustentáveis. Para Sue Ann, esse mecanismo também acelera o acesso equitativo por meio de licenciamento e parcerias, além de aprimorar a preparação para pandemias por meio dos trabalhos desenvolvidos nos centros regionais de inovação.

Com base em sua experiência no Ghit, que foca em doenças negligenciadas, malária e tuberculose, Sue Ann explica que os requisitos para submissão de projetos de pesquisa devem incluir pesquisadores e instituições nacionais. Assim, é assegurado o alavancar da ciência, da inovação e da tecnologia no país:

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 “Esse pré-requisito mandatório, catalisa a inovação aberta entre instituições do país sede (nesse caso o Japão) e estrangeiras. O formato promove capacitação, network internacional e permite um posicionamento no portfólio global, ao mesmo tempo em que gera um impacto significativo em termos de captação de recursos, investimento e acesso”. Ela afirma, ainda, que inovar em tecnologias em saúde se concentra na criação de novas tecnologias que possam ser implantadas em cenários com recursos limitados, abordando desafios urgentes de saúde”.

Para Jerome Kim, um fundo desse tipo no Brasil pode fortalecer a liderança da inovação na região Sul global, com base em equidade, sustentabilidade e prioridades de saúde compartilhadas.  Segundo o pesquisador,  o fundo pode ser uma força transformadora na remodelagem do futuro da tecnologia em saúde para os países Brics:

“Para passar da visão à ação, buscamos urgentemente identificar defensores dentro dos Brics e financiadores filantrópicos para impulsionar esta iniciativa.”

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