K-pop no poder: Park Jin-young assume comitê de cultura na Coreia
Produtor que levou a música coreana ao topo global agora influencia os rumos da política cultural do país

O governo sul-coreano anunciou, nesta terça-feira, a criação de um novo comitê presidencial voltado para ampliar a presença global da cultura pop do país, com destaque especial para o K-pop. A iniciativa do governo ganhou repercussão imediata ao ter como copresidente do comitê ministerial Park Jin-young, fundador da gigante JYP Entertainment e um dos nomes mais influentes da indústria musical asiática.
Park Jin-young, que iniciou a carreira como cantor e compositor antes de se tornar produtor e executivo, dividirá a liderança da Comissão Presidencial de Intercâmbio de Cultura Pop com o ministro da Cultura, Chae Hwi-young. O grupo tem como missão não apenas impulsionar a disseminação do K-pop no exterior, mas também estimular o contato dos sul-coreanos com produções estrangeiras.
Segundo o chefe de gabinete presidencial, Kang Hoon-sik, Park Jin-young, 53 anos, simboliza a bem-sucedida expansão internacional da música coreana:
“Ele abriu portas para a entrada do K-pop nos Estados Unidos e se tornou uma figura central na globalização do gênero”, afirmou em coletiva.
Em mensagem publicada nas redes sociais, Park Jin-young declarou estar comprometido em buscar maior apoio governamental para o setor, ressaltando a importância de criar oportunidades para artistas emergentes.
As nomeações fazem parte de um pacote mais amplo anunciado pelo presidente Lee Jae Myung, que incluiu também o ex-ministro da Legislação Governamental Lee Seog-yeon, agora à frente da Comissão de Coesão Nacional, e o arquiteto e ex-parlamentar Kim Jin-ai, que comandará a Comissão de Política de Arquitetura. Já a Comissão Eleitoral Nacional será liderada pelo advogado We Chul-whan.
No segundo escalão, o presidente indicou o ex-deputado Kim Kyung-hyup para dirigir a recém-criada Agência Coreana no Exterior, enquanto Jung Goo-chang e Cho Sung-joo, ambos de carreira pública, assumiram respectivamente a vice-ministério da Igualdade de Gênero e Família e a secretaria presidencial de pessoal.
Com essa movimentação, o governo sinaliza uma estratégia de diplomacia cultural que reconhece o papel central do K-pop não apenas como produto de entretenimento, mas também como ativo de soft power no cenário internacional.