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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

Vídeo histórico – Collor compara 2016 a 1992 na votação do impeachment de Dilma: “Ruínas de um governo”

Senador dá lição de moral, critica fisiologismo e diz que país está "no ápice de todas as crises"

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 5 jun 2024, 02h24 - Publicado em 12 Maio 2016, 07h10

Este blog obteve e publica abaixo o vídeo do pronunciamento histórico do ex-presidente “impichado” e senador Fernando Collor de Mello na votação do impeachment de Dilma Rousseff na noite de quinta-feira (11). Abaixo dele, segue a reprodução da matéria do site de VEJA a respeito.

Assista:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=nLj-RdHQfcc?feature=oembed&w=500&h=375%5D

Investigado na Operação Lava Jato em um sem-número de inquéritos, suspeito de abocanhar 26 milhões de reais em propina do petrolão e senhor absoluto do aparelhamento na BR Distribuidora, o senador Fernando Collor de Mello, pelo menos até hoje o único presidente impichado na história do Brasil, ocupou a tribuna do Senado tarde da noite nesta quarta-feira para passar um pito na administração Dilma Rousseff, um governo que apontou como adepto de “cooptação” e de um “fisiologismo que envergonham a classe política”.

Alvo de investigações que indicam que vilipendiou por anos a fio empresas ligadas à Petrobras, Collor se arvorou a condenar o silêncio do PT diante dos corruptos do petrolão, fez menções ao escândalo que levou mensaleiros petistas para a cadeia e resumiu:

“Chegamos ao ápice de todas as crises”.

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Em referência clara ao esquema do mensalão, o primeiro escândalo que se abateu sobre o governo petista, Collor disparou:

“Há 11 anos vimos o choro de parlamentares decepcionados com as agruras e a verdade crua de um partido. Hoje, envoltos em tormentos muito piores, não vejo sequer uma lágrima, uma lágrima de constrangimento que seja. Ao contrário: o que se vê é a defesa rouca, cega, mouca e intransigente. Entre retóricas e evidências, entre quimeras e realidades, entre golpe e a farsa do golpe, apesar de tudo e por tudo isso a população brasileira evoluiu na participação política. Mas admitamos que regredimos no agir da política”.

Em seu discurso, o ex-presidente indicou que deve votar a favor do impedimento da presidente Dilma, embora tenha feito críticas à Lei 1079, de 1950, que detalha os crimes de responsabilidade, e a instabilidades políticas decorrentes do presidencialismo.

“Nesta quadra de adversidade para uns e tragédia para outros que constatamos que o maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade pelo desleixo com a política, na irresponsabilidade com a deterioração econômica de um país, na irresponsabilidade pelos sucessivos e acachapantes déficits fiscais e orçamentários, na irresponsabilidade pelo aparelhamento desenfreado do Estado, que o torna inchado, arrogante e ineficaz, na irresponsabilidade pela ação ou omissão perante obstruções da justiça. É crime de responsabilidade a mera irresponsabilidade com o país, seja por incompetência, negligência ou má-fé”, disse Collor.

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Em boa parte de seu discurso, comparou o próprio impeachment, em 1992, ao processo que vai confirmar o afastamento de Dilma nesta quinta-feira, criticou a velocidade do procedimento contra ele – quatro meses da apresentação da denúncia ao julgamento final -, alfinetou o fato de a presidente petista utilizar a advocacia da União em sua defesa e criticou uma suposta violação ao direito de defesa em seu processo.

“O rito é o mesmo, mas o ritmo e rigor não”, resumiu.

O senador também se remeteu à introdução feita por Barbosa Lima Sobrinho no processo de impeachment contra ele, em 1992, e afirmou que o cenário sob a gestão Dilma é uma “confluência clara e entrelaçada” de crises política, econômica, financeira, institucional e – Collor ressaltou – “moral”.

“Jamais o Brasil passou como hoje por uma confluência tão clara, tão entrelaçada e aguda de crises na política, na economia, na moralidade e na institucionalidade. Chegamos ao ápice de todas as crises. Chegamos às ruínas de um governo, às ruínas de um país. Este é o motivo pelo qual aqui e agora discutimos possíveis crimes de responsabilidade da presidente da República”, discursou.

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Em tom professoral, Collor informou ter aconselhado Dilma em momentos de crise e se colocado à disposição, embora ao final, reclamou, tenha sido solenemente ignorado.

“A autossuficiência pairava sob a razão”, reclamou.

Trigésimo oitavo senador dos 71 inscritos para discursar no plenário da sessão que analisa a admissibilidade do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, ignorou estrategicamente o fato de ter se aliado ao PT para voltar à proa e atacou:

“Não há como recuperar esse modelo de coalizão, de cooptação e fisiologismo que envergonham a classe política”.

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Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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