Felipe Moura Brasil
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Petistas esperneiam na Câmara com medo da onda do impeachment no Senado
Quanto mais desesperados, mais ridículos. Temer já ensaia discurso. Veja resumão
Tuitadas da minha cobertura da comissão do impeachment na tarde desta segunda-feira:
– Eduardo Bolsonaro lembra que 59 milhões de brasileiros votaram contra desarmamento (5 milhões a mais que em Dilma), mas PT desarma povo. PT golpista.
– Na falta de argumentos, petista Wadih Damous – a quem Lula disse que “eles têm que ter medo” – xinga o relatório e não mete medo em ninguém.
– Wadih nem eleito foi. É um suplente que entrou no Congresso após manobra de Lula com ajuda de seu soldadinho Eduardo Paes. Entrou para atacar.
– Moroni Torgan (DEM-CE) repete o que afirmei sobre tentativa de petistas de transformar em “dúvida sobre crime” o recebimento da denúncia. Patéticos.
– Moroni explicou que recebimento de denúncia por parte de juiz não é condenação, porque julgamento ainda será feito. No impeachment, é igual. Câmara recebe e autoriza a instauração do processo, Senado julga.
– Petistas são assim: se relator julga crime, dizem que processo é nulo pois não pode julgar. Se não julga, que está aprovando em “dúvida”. Vigarice.
– Luiz Sérgio (PT-RJ) é mais um petista a xingar os argumentos alheios. É só isso que sabem fazer.
– Único golpe havido no rito de impeachment foi dado pelo STF em favor do governo, que, nem assim, vence na comissão, formada como quis Dilma.
– Reclamar de “golpe” de uma comissão formada exatamente como quis o governo (graças às malandragens de Barroso, do STF) é cúmulo da vigarice.
– Se você ainda é um jovem que só reconhece verdades se há consensos, entenda: criminosos e cúmplices sempre atacam quem diz verdade sobre eles.
– Criminosos e cúmplices no mundo político nunca têm sinceridade de vilão malvado da sessão da tarde. Ao contrário: dizem-se os mais honestos.
– Nível de cinismo para defender PT atacando oposição como “elite” é imensurável. PT se aliou à elite empresarial e roubou o país no petrolão.
– Pedir a petistas para deixarem paixão de lado é aceitar a derrota antecipadamente. Petistas não fazem isso. Ou você os desmascara, ou perde.
– Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) lamenta que Cardozo venha à comissão para atacar relator Jovair Arantes. Ele ataca para intimidar os covardes.
– Arnaldo: “Disse a presidente na campanha que faria o diabo para ganhar a eleição. Ela deve estar abraçada com o diabo mesmo. Mas nós estamos com Deus em busca de um caminho para a nação.” Amém!
– Paulo Pimenta (PT-RS) insiste em transformar razões extras para impeachment em fragilidade da denúncia. Processo é político com base legal.
– Zé Geraldo (PT-PA), do partido que até no Palácio estimula invasão de terras, se faz de vítima de “agressões” só porque enfrenta protestos.
– Danilo Forte (PSB-CE): Cardozo, em vez de desqualificar relator, devia cobrar da Caixa, que entrou na Justiça contra governo para reaver dinheiro.
– Danilo Forte mostra que relator tem direito legal de embasar denúncia com contexto polítido do país. O resto é mimimi de Cardozo.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Mpjn9EEC3-Y?feature=oembed&w=500&h=375%5D
– Benedita da Silva (PT-RJ): “Nós somos responsáveis por essa crise política”. Exato. Vocês do PT são mesmo, Bené.
– Izalci (PSDB-DF) “Cardozo fez um teatro”. Deputado repete o que cansei de afirmar: quem julga é o Senado, só cabe à Câmara apontar indícios.
– Governo esperneia na Câmara porque senadores já avisaram que não barrarão impeachment se for aprovado pelos deputados. É a semana do mimimi.
– O governista Leonardo Picciani (PMDB-RJ) diz que vai falar em nome do PMDB. Peemedebistas sentem aquele friozinho na barriga.
– Picciani libera deputados da bancada do PMDB para votar sim ou não de acordo com a consciência de cada um. Dilma sente um iceberg na barriga.
– Picciani diz que expressará opinião sobre impeachment a ser definida em reunião de bancada, mesmo já tendo dado a sua. Poderá votar também a favor?
(* Sim, pode: Temer deve conversar com ele entre hoje e amanhã. Se convencê-lo, governo pode perder os votos da ala mortadela do PMDB, que prometia entregar 20, mas hoje admite ter apenas 15 e, mesmo assim, como se vê, ainda incertos.)
– Afetando ponderação, Picciani fez mimimi sobre insatisfação dos derrotados. Insatisfação é com crimes, mentiras e compras de parlamentares.
– Picciani discursou visivelmente abatido com a própria dificuldade de convencer os pares a defender sua mortadela num governo criminoso.
– Afonso Florence (PT-BA) grita e esperneia, avermelhado, no desespero. E ameaça: “Vocês não vão ter sossego se fizerem isso!” É vaiado.
– Total de argumentos de Afonso Florence em sua gritaria: zero.
– Antonio Imbassahy (PSDB-BA): “PT que hoje prega leis em defesa do mandato de Dilma é o mesmo que votou contra texto da Constituição em 1988″.
– Imbassahy: “PT que hoje diz que impeachment é golpe é o mesmo que apoiou 50 pedidos contra Itamar, FHC e Collor.” Recordar é viver:
– Imbassahy mostra um pedido de impeachment assinado pelo PT contra Itamar com apenas uma página, sem o menor fundamento. PT golpista.
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– Fernando Coelho Filho (PSB-PE): “Não é por sermos um partido de esquerda que temos a obrigação de compactuarmos com tudo que acontece só porque estamos no mesmo campo político”. Muito bem, deputado!
– Fernando Coelho Filho: “Tomamos uma decisão da bancada que foi confirmada pelo Executivo Nacional. Não tem liberação de bancada. Tem o indicativo para votar em favor do prosseguimento do processo de impeachment.” Bravo!
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– PSB é a favor do impeachment; PSD tem maioria a favor; 9 diretórios do PP são a favor também; PMDB pode aumentar adesão em reunião. Tic-tac…
– Pauderney Avelino (DEM-AM): “Governo abandonou câmbio flutuante, metas fiscais e superávit primário. Esse tripé significava a responsabilidade fiscal.” O tripé que o PT não abandona é o de crime, acobertamento e ataque a quem denuncia.
– Pauderney: “Sem o impeachment, o Brasil irá sangrar ainda mais, sem condições de encontrar um caminho e uma luz no fim do túnel. Vamos, então, por amor ao Brasil, dizer sim ao impeachment.” Siiiiiiiiimmmmmmm!
– Marcelo Squassoni (PRB-SP) diz que vota pelos filhos que já reconhecem alternância de poder como uma necessidade. Bons garotos.
– Luiz Carlos Busato (PTB-RS) chama preventivamente de “corruptos e covardes” os deputados que se ausentarem da votação. É a “gripe contra o impeachment”.
– Busato lembra que TCU paralisou dias atrás a reforma agrária no país após identificar 578 mil beneficiários irregulares do programa do governo, incluindo 1.017 políticos que, criminosamente, receberam lotes. As fraudes petistas são incontáveis.
– Fernando Francischini (SD-PR) lista a imensa quantidade de “golpistas” do Brasil segundo o PT: Polícia Federal, MPF, Sergio Moro, TCU, imprensa, Parlamento, 82% dos brasileiros que desaprovam o governo… “Golpistas” ricos e pobres que, em maioria, nunca se conheceram para articular nada.
– Francischini denuncia que governo do PT financia ditaduras amigas do Foro de São Paulo. Isto, sim, é golpe. Um golpe internacional.
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– Francischini encerra seu discurso citando a frase do ator Ary Fontoura para Dilma no último “Domingão do Faustão”: “Golpe quem deu foi a senhora.”
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– Rubens Bueno (PPS-PR): “Quando [petistas] falam que fraude fiscal não é crime, estão mentindo cinicamente”. Deputado mostra que crise econômica, com desemprego e inflação, é decorrência da violação da Lei de Responsabilidade Fiscal que ele próprio votou há mais de uma década.
– Bueno denuncia também a tentativa de obstrução de Justiça por parte de Dilma com decreto de nomeação de Lula, “que a Polícia estava procurando”. “Ela não foi eleita para obstruir a Justiça, não foi eleita para enganar o povo brasileiro com o maior estelionato eleitoral da história”. Não foi!
– Bueno: “Quando eu vi aqui o ministro falar da sua luta pela democracia contra a ditadura… Ele acha que nós lutamos tanto pela democracia para quando [novos governantes] chegassem ao poder pudessem falar lá o que quisessem.” Boa, Bueno.
– Evair de Melo (PV-ES): “O voto pelo impeachment é unanimidade na bancada verde.” Tic-tac…
– Vazou áudio de Michel Temer ensaiando discurso para o caso de aprovação de impeachment na Câmara. Tem que ensaiar mesmo. Brasil cansou de dilmês.
– Petistas já estão dando áudio de Temer como prova do “golpe”. O áudio só prova que Temer se prepara antes de falar, ao contrário de Dilma. Golpe é assaltar a Petrobras, contrair empréstimos de bancos federais para garantir reeleição e comprar parlamentares para permanecer no poder.
– Temer: “eu sei que dizem de vez em quando que, se outrem assumir, vamos acabar com Bolsa Família, vamos acabar com Pronatec, vamos acabar com Fies. Isso é falso. É mentiroso e fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do país”. Era mesmo importante vazar, digo, esclarecer este ponto.
– “Daqui a alguns anos, [talvez] a empregabilidade tenha atingido um tal nível que não haja necessidade de Bolsa Família. Mas, enquanto persistir a necessidade, manteremos.” Isto é Temer acenando para os dois lados do espectro político. É o que se se espera dele nesta hora.
– “É preciso que se reúna todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam dispostos à colaboração para tirar o país da crise. Sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o país da crise em que nos encontramos.” Acenar a todos os partidos também era necessário. Recado dado.
– Votação da comissão do impeachment está prevista para 20h. Oposição dá vitória como certa e atua para governo não chegar a 30 dos 65 votos.
Avante, Brasil.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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