Para quem chegou à realidade agora (ou está na beirada, pensando se vale a pena entrar), aviso: era uma vez um bando de gente que prometia um mundo melhor no futuro glorioso. Em nome do mundo melhor no futuro glorioso, admitia e cometia um monte de atrocidades no mundo real do presente. Esta gente dominou alguns países e matou mais de 100 milhões de pessoas para atingir aquela glória que nunca chegou.
Um dia, resolveu aprimorar suas táticas e, em vez de conquistar o poder pelas armas, passou a dominar a cultura: escolas, universidades, mídia, show business, mercado editorial. Assim, poderia espalhar somente as ideias que lhe interessavam, de modo a fazer as pessoas já crescerem pensando e falando de acordo com a sua cartilha, bem como demonizando seus adversários, para que depois elegesse espontaneamente seus representantes.
Ah, esqueci de dizer que, como os operários adoraram as benesses do capitalismo (nem aí para a dita opressão por parte dos patrões burgueses malvados), aquela gente precisou criar novas classes de vítimas, como por exemplo os negros, índios, gays, mulheres e até o planeta (além de drogados, delinquentes, assassinos, prostitutas), em nome dos quais, mais uma vez, todas as atrocidades seriam admitidas e cometidas – e ai de quem apontasse essas atrocidades! Seria logo considerado um odiento ofensor de negros, índios, gays, mulheres e até do planeta, merecendo mais atrocidades ainda.
Para resumir a história, porque já está tarde, esta gente fez você aí acreditar e tomar como verdade absoluta inúmeros embustes sobre assuntos que afetam toda a sua vida e das quais você precisa se descontaminar diariamente com a leitura dos autores que a desmascara, em livros e na internet. Um deles – prepare o seu coração – é a de que os gays nascem gays. Sei que, para você, talvez seja mais duro compreender isto do que levar uma – como direi? – cutucada no – como direi? – Facebook, mas, na história de hoje, aprendemos que não devemos confiar nesta gente, mais conhecida como “esquerdista”, “revolucionária”, “militante” etc.
Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil
Siga no Facebook e no Twitter.