
Veja o amor que os militantes me devotam na seção de comentários:
és um verdadeiro gênio da raça, seu coxinha débil mental.
Fique sabendo, seu reaça xenófobo e direitista de merda, que o policial, aquele mesmo policial barbaramednte [sic] assassinado, cuja imagem sendo baleado na cabeça assutou [sic] o planeta era Ahmed Merabet, muçulmano.
O policial morto era MUÇULMANO.
Seu coxinha otário. Islamofóbico de merda. Babaca reacionário. Idiota, idiota. idiota!!!
Pronto! Falei o que precisava ser falado. Tenha um bom dia!
Quanta gentileza, quanta educação. Nunca pensei que eu fosse ser xingado umas 10 vezes por conta da religião de um policial morto, mas a militância tem sido cada vez mais “criativa” nos pretextos que encontra para disparar seu ódio desprovido de qualquer esboço de argumentação.
Muçulmano francês, o policial Merabet, de 42 anos, casado e sem filhos, fazia ronda a pé no 11º bairro de Paris na quarta-feira ao fim da manhã e foi alvejado quando os terroristas saíam do prédio do jornal “Charlie Hebdo”. Estava no chão, já ferido, quando os terroristas voltaram para disparar contra ele a sangue frio. “Quer me matar?”, ouve-se o homem mascarado perguntar a Merabet em vídeo* colocado no Youtube, que segue abaixo. “Não, está tudo bem, chefe”, disse o policial, antes de ser executado.
Outro policial, identificado como Franck Brinsolaro, de 49 anos, também foi assassinado pelos irmãos Kouachi durante o ataque. Brinsolaro, que deixa mulher e dois filhos, estava destacado como guarda-costas do editor do jornal satírico, Stéphane Charbonnier, o cartunista conhecido como Charb, também assassinado.
O Islã explicitamente condena o assassinato de outros muçulmanos, mas muitos grupos islâmicos justificam seus ataques indiscriminados contra companheiros de fé, afirmando que aqueles que vivem no Ocidente, ou de outra forma não avançando a causa radical do seu grupo, traem o “verdadeiro Islã” e, portanto, são apóstatas.
No caso de Merabet, no entanto, ele parece ter sido morto pelo simples fato de ser um policial entre os terroristas e a rota de fuga. O vídeo da fuga mostra que ambas as partes não tiveram tempo para um bate-papo sobre religião – não que isto fosse mudar muita coisa, é claro.
Já à jornalista Sigolène Vinson, um dos terroristas havia dito com uma arma apontada contra sua cabeça: “Você não vai morrer, porque não matamos mulheres, mas vai ler o Corão.”
Este blog, que nunca falou que TODOS os muçulmanos são radicais, muito menos que TODOS são terroristas, lamenta profundamente a morte de Merabet, mas agradece, mais uma vez, pelos xingamentos da militância analfabeta. Eu não me “assuto”.
Pronto! Falei o que precisava ser falado. Tenha uma boa noite!
* [CENAS FORTES:]
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
Siga no Twitter, no Facebook e na Fan Page.