Mortadela do Lula apodreceu, mas Waldir Maranhão adora!
“É bom esse tipo de político fazer isso para podermos expulsá-lo logo”, diz Jerônimo ao blog

Tuitei na quinta-feira (15):
Neste domingo, o presidente do PP, Ciro Nogueira, disse à repórter Andréia Sadi:
“Dudu da Fonte e Waldir Maranhão vão votar pelo impeachment”.
Ambos negociavam votos com o governo em troca de cargos.
Dudu conversou de madrugada com Ciro e depois postou no Instagram: “Estamos juntos a favor do impeachment!”
Ele não quis perder o comando do diretório pernambucano do partido.
Já Waldir foi destituído do comando do diretório estadual do Maranhão depois de visitar Lula no hotel Golden Tulip em Brasília e anunciar voto a favor do governo, em contraste com a orientação do partido.
Na noite de sábado, Waldir pediu para retomar o comando do diretório, mas ouviu da cúpula do PP: ou vota contra o governo, ou não retoma.
Às 4:30, Ciro telefonou para Eliseu Padilha, braço-direito de Michel Temer, para comunicar que provavelmente 100% do PP votaria pelo impeachment – mas Waldir negou, no fim da manhã deste domingo, que tenha consentido em voltar atrás.
O deputado reafirmou que votará contra o afastamento de Dilma Rousseff, “em nome da democracia e em respeito ao povo brasileiro”, que é como os governistas chamam seu apreço a cargos e verbas.
O PP não é 100% a favor do impeachment porque Waldir Maranhão é 100% mortadela.
Como disse Jerônimo Goergen (PP-RS) a este blog:
“É bom mesmo que esse tipo de político faça isso para podermos expulsá-lo logo”.
Duelo
Mesmo sem Waldir, Eliseu Padilha calcula que o impeachment será aprovado por, no mínimo, 365 e, no máximo, 375 votos.

Dilma está cada vez menor e mais sozinha, como mostra a memorável capa da Gazeta do Povo
Mesmo com Waldir, o governo já sente o grau de traições decorrentes da negociação no varejo, deputado a deputado, embora continue alegando que haverá traições do outro lado também.
O próprio Lula, rouco e abatido, estava pessimista no sábado e, pouco antes do almoço, desabafou a aliados:
“Sabe, tem hora que o cara tá com a gente, tem hora que ele não tá mais, tem hora que ele tá com o outro lado, tem hora que não tá mais, e você tem que conversar 24 horas por dia. Até parece a Bolsa de Valores.”
Por “conversar”, Lula – que voltou de São Paulo a Brasília neste domingo – se referia à pergunta, revelada pelo Globo, que fez a cada deputado que tentou comprar no hotel:
“O que você precisa pra ficar com a gente?”
O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, por exemplo, precisava de um empréstimo emergencial à prefeitura de Campos para convencer a deputada Clarissa Garotinho a votar contra o impeachment. Acertou os detalhes com a bancada do PT na Câmara e mudou o voto da filha para pró-Dilma, ameaçando obrigá-la a tirar seu sobrenome.
O empenho de Lula no Bolsa-Deputado ainda “se refletia no Diário Oficial com súbitas nomeações e remanejamentos para diretorias de empresas estatais, como Itaipu Binacional e Caixa Econômica Federal” e “promessas a governos estaduais, como a do pagamento de uma dívida de R$ 370 milhões da Petrobras com o governo do Amapá”.
Como escrevi na introdução do vídeo do depoimento em que o empresário Salim Schahin afirma que Lula “estava a par do negócio” que quitou um empréstimo de R$ 12 milhões com um contrato na Petrobras:
“Mais uma vez o PT usou o Estado brasileiro como se fosse sua propriedade”.
Mortadelas à parte, neste domingo o Câmara
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=fCQQEv-moDE?feature=oembed&w=500&h=281%5D
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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