Marina Silva é o FHC de saias: adora apanhar do PT
Marina Silva acordou. Como de costume, seria melhor que ainda estivesse dormindo. A insustentável ex-senadora do PSB disse em seu site: “Muita gente vai para as ruas protestar. Há uma campanha pedindo o impeachment da presidente que foi eleita há poucos meses. Compreendo a indignação e a revolta, mas não acredito que essa seja a solução. […]
Como de costume, seria melhor que ainda estivesse dormindo.
A insustentável ex-senadora do PSB disse em seu site:
“Muita gente vai para as ruas protestar. Há uma campanha pedindo o impeachment da presidente que foi eleita há poucos meses. Compreendo a indignação e a revolta, mas não acredito que essa seja a solução. Talvez o resultado não seja o pretendido retorno à ordem, mas um aprofundamento do caos.”
É o mesmo “argumento” de FHC em 2005, no auge do mensalão, para não pedir o impeachment de Lula. FHC saiu dizendo que o processo criaria uma crise institucional, afetaria a economia e o crescimento do país.
Dez anos de governo do PT depois, temos um aprofundamento do caos e uma economia destruída com queda inédita do PIB.
Segundo relatório da consultoria americana Gavekal, o PIB vai diminuir entre 1% e 2% em 2015, e encolherá também em 2016, na primeira contração por dois anos consecutivos desde 1929/1930.
A que veio Dilma?
Marina defende que seja dado um “prazo inicial a todo governo eleito, para que diga a que veio”.
Ela ignora que, em três meses de prazo inicial, o governo Dilma disse que veio para mentir, enganar, fazer o povo brasileiro pagar a conta do petrolão do PT e golpear as investigações da Operação Lava Jato.
Se relógio parado acerta duas vezes por dia, Marina acerta ao menos uma: “O impeachment seria uma punição ao PT, sem dúvida.”
Sem dúvida. E o PT precisa dessa punição.
Mas, para justificar que não, Marina ofende boa parte dos manifestantes de 15 de março comparando-os ao PT:
“Uma resposta no mesmo padrão criado pelo partido quando estava na oposição: gritar ‘fora’ a qualquer governo, com ou sem provas de corrupção, pela simples avaliação ideológica de que eram governos impopulares ou contrários aos interesses dos trabalhadores”.
O PT roubou 300 milhões de dólares da Petrobras. Os manifestantes têm 300 milhões de motivos para gritar ‘fora’ não a qualquer governo, mas ao quarto governo do PT, que comanda a farra institucionalizada na gestão de Lula.
Isto é, antes de tudo, uma avaliação moral, não ideológica – e que ainda conta com o respaldo da lei.
A “cautela” suicida
Marina ainda diz que as principais lideranças políticas do país “têm agido com cautela” quando o assunto é impeachment e que “o governo é ruim, mas temos a responsabilidade de manter não a ele, mas a democracia.”
Cautela é como Marina chama a frouxidão tucana, felizmente não incorporada por Jair Bolsonaro, que já protocolou o pedido.
Democracia é aquilo que o PT mandou às favas quando instalou o maior esquema de corrupção da história do mundo para comprar apoio político, irrigar as próprias campanhas e enriquecer seus integrantes, com a conivência de Dilma “Sabia de Tudo” Rousseff.
Mas Marina é mulher de malandro e não quer saber. Como FHC (que ao menos derrotou os petistas em duas eleições décadas atrás), ela gosta mesmo é de apanhar.
Chegou até a defender o “silêncio” que adotou desde que perdeu as eleições alegando que tem usado as redes sociais para opinar: “Não foi, portanto, um silêncio muito silencioso”, disse ela, à moda Marina.
Para a ex-senadora, a crise política e a situação de Dilma são questões que serão decididas “no coração do povo”. “Só os que fazem silêncio e ficam atentos conseguem ouvir o que diz esse coração”, completou.
Como o coração de 93% dos brasileiros grita “Fora, Dilma!”, recomenda-se, então, que Marina faça um silêncio muito silencioso e nele permaneça.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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