
Quem comprou dólar no dia daquela profecia desastrada ganhou foi uma bolada de dinheiro.
A matéria da Folha de outubro de 2014 ainda dizia:
“(…) Boa parte dos analistas de mercado prevê um cenário turbulento caso Dilma seja reeleita, com apostas de que o valor do dólar possa superar R$ 3 – fechou na sexta-feira (17) valendo R$ 2,433.
Mantega, que ocupa o cargo há oito anos e meio, o ministro da Fazenda mais longevo, assumiu o papel de cabo eleitoral da chefe nesta reta final de mandato e não poupa de críticas Armínio Fraga, que pode ser seu substituto caso o tucano Aécio Neves vença a eleição.
Para ele, Armínio vem de um trabalho com banqueiros e vai seguir o ‘manual’ neoliberal ortodoxo. “É só ver a prática que os ortodoxos fazem no mundo todo. Ajuste fiscal mais duro, mais rigoroso, mais rápido, significa você derrubar a economia, causar uma recessão. Isso está no manual deles. Se ele mudou, não sei.”
Hoje, isso está é no manual do governo, mas na ordem inversa: Dilma e o sucessor de Mantega, Joaquim Levy, impõem um “ajuste fiscal mais duro, mais rigoroso, mais rápido”, como tentativa de reerguer a economia derrubada e reverter a recessão que o governo causou.
O emprego na indústria, por exemplo, caiu pela sétima vez seguida em julho. A arrecadação soma agora R$ 93,7 bilhões e tem o pior mês de agosto em cinco anos, com queda real de 9,32%.
Mantega ‘quebrou a cara’. Dilma quebrou o Brasil.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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