Igualzinho ao PT: Kleber Leite afirma que cabeça do delator “deve ter sido afetada” por doença
Após sua empresa receber uma visitinha da Polícia Federal, Kleber Leite divulgou nota de esclarecimento para se defender da acusação de pagamento de propina a um alto dirigente da CBF e se dizer à disposição das autoridades para as investigações. Exatamente como fez o PT com Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e companhia no escândalo do petrolão, o […]

Após sua empresa receber uma visitinha da Polícia Federal, Kleber Leite divulgou nota de esclarecimento para se defender da acusação de pagamento de propina a um alto dirigente da CBF e se dizer à disposição das autoridades para as investigações.
Exatamente como fez o PT com Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e companhia no escândalo do petrolão, o ex-presidente do Flamengo e dono da Klefer acusou o delator J. Hawilla, dono da Traffic, de não estar batendo bem da cabeça.
“Soube que neste período, J. Hawilla passou por momentos difíceis em função de grave doença. Provavelmente, pelo que ouço e leio, a cabeça dele deve ter sido afetada. A cabeça, o caráter e, principalmente, o sentimento de gratidão. Lamentável!!! Que fim de vida…”
Boa, Kleber. Eu quase me convenci.
Também gostei da parte em que narra o motivo pelo qual o delator deveria lhe ser grato:
“…recebi em Punta del Este um telefonema de J. Hawilla, fazendo um apelo quase que desesperado, alegando que sua empresa já não tinha mais propriedades importantes, estando restrita apenas a um terço da Copa América, o que para ele era muito pouco, pois tinha a intenção de vender a Traffic e, sem direitos importantes, ninguém iria se interessar.
Apelou para a nossa velha amizade, quase que implorando para que a Klefer dividisse com a Traffic o contrato que havíamos firmado com a CBF. Levei o tema para os meus sócios e, mais no emocional, entendemos que poderíamos aceitar a Traffic como parceira no projeto. Após algumas reuniões, o nosso contrato foi assinado, com a Klefer participando de duas edições no contrato CBF/Traffic e, a Traffic, participando das oito edições do contrato CBF/Klefer.
Deste ponto, até hoje, tudo transcorreu normalmente. Neste período, praticamente não mais estive com J. Hawilla, que há dois anos havia fixado residência em Miami.
Hoje, fui surpreendido pelo noticiário” etc. etc.
O futebol é mesmo uma caixinha de surpresas.
A ajuda aos corruptos é “mais no emocional”.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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