
I. “Mesmo o crítico mais contumaz do governo (governo este do qual não sou eleitor nem fã) há de concordar que o Brasil vai pra frente, sim. Devagar, aos trancos e barrancos, algumas vezes à revelia do governo -mas vai pra frente. Em contrapartida, nossos intelectuais estão ficando pra trás.”
Assim escreveu o ator e militante esquerdista Gregório Duvivier – que também acha que comer carne atrasa o progresso do país – em sua coluna na Folha de S. Paulo publicada ontem.
Hoje, curiosamente, O Globo publicou os dados da nova versão do Mapa da Violência. Contrariando o discurso das esquerdas de que desarmamento e distribuição de renda diminuem a violência e a criminalidade, temos que:
56.337 pessoas foram mortas no Brasil em 2012, num acréscimo de 7,9% em relação a 2011. É a maior taxa de homicídios no país desde 1980.
#GregórioTemRazão: “o Brasil vai pra frente, sim.”
II. Gregório Duvivier ainda se referiu a Olavo de Carvalho no texto como ‘autoproclamado filósofo brasileiro’. Olavo comentou no Facebook:
“No Brasil não adianta ser reconhecido pela Maison des Sciences de l’Homme da Unesco, pela Universidade Georgetown, pela Unilog, pelos governos da Rússia, dos EUA, da Romênia e da Colômbia e por dezenas de celebridades acadêmicas no mundo. O rótulo de ‘autoproclamado’ não desgrudará jamais, confirmado que é por grandes pensadores como Paulo Nojeira, Gregório Duvivier e Maestro Bagos.”
“Todo ‘filósofo autonomeado’ tem pelo menos um antecedente ilustre. No seu tempo, Aristóteles foi chamado de herdeiro perdulário, milico fracassado, falso médico e vendedor de drogas ilícitas.”
Para Martin Pagnan, do Eric Voegelin Institute, Olavo é “talvez a única pessoa viva que esteja ampliando o que [o filósofo] Eric Voegelin entendia como ‘ciência’ – análise do que acontece com determinados tipos de atitudes e práticas do governo e da elite”. Esses são mais alguns dos admiradores do filósofo Olavo de Carvalho:
Em sentido horário: Jorge Amado, Carlos Heitor Cony, Paulo Francis, José Osvaldo de Meira Penna, Herberto Salles, Rodrigo Gurgel, Ângelo Monteiro, Roberto Campos. No centro: Bruno Tolentino
Como se vê, quando Gregório escreve “Repare que não dizemos: nosso problema somos nós mesmos”, não se pode negar que ele foi sincero ao incluir a si próprio.
Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil
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