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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

Enfim, um candidato “ultraconservador” para a imprensa

Escrevi em outubro de 2013: “Para o jornalismo brasileiro, não existe mais direita no mundo: só direita radical, extrema-direita, direita fanática etc. Quem não fizer uma oraçãozinha para São Obama já é meio fundamentalista.” Dias depois, Arnaldo Jabor publicou um texto sobre os “fundamentalistas do Tea Party”, “mais perigosos que os islamitas guerreiros, que explodem trens […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 5 jun 2024, 09h08 - Publicado em 23 mar 2015, 15h07

Escrevi em outubro de 2013:

“Para o jornalismo brasileiro, não existe mais direita no mundo: só direita radical, extrema-direita, direita fanática etc. Quem não fizer uma oraçãozinha para São Obama já é meio fundamentalista.”

Dias depois, Arnaldo Jabor publicou um texto sobre os “fundamentalistas do Tea Party”, “mais perigosos que os islamitas guerreiros, que explodem trens e aviões”, e chamou os republicanos de “homens-bomba americanos”.

Ted Cruz
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O republicano Ted Cruz

Já cuidei de Jabor aqui, mas agora leio na Folha de S. Paulo uma matéria da AFP:

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“Ultraconservador Ted Cruz confirma pré-candidatura à Casa Branca”.

É a ultravigarice do jornalismo militante de esquerda. A “jaborização” do noticiário.

O prefixo “ultra” significa “extremamente; que está além de; em excesso; ao extremo”. Sua aplicação injustificada a um político normalmente tem por objetivo lançar sobre ele o rótulo de extremista radical, assim como o PT lança sobre os manifestantes o de “golpistas burgueses”.

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O motivo da Folha/AFP: Ted Cruz é “membro do ultraconservador Tea Party”, o movimento que extrapola a cota de conservadorismo tolerável pela militância esquerdista e, portanto, precisa ser demonizado pela imprensa internacional.

Formado por patriotas dispostos a lutar contra qualquer ameaça à segurança, à soberania e à ordem dos Estados Unidos, o Tea Party é, na verdade, um movimento conservador que vive de doações privadas de cidadãos comuns e possui 15 crenças “não negociáveis”, segundo seu estatuto traduzido por Alexandre Borges:

1. Imigrantes ilegais estão no país ilegalmente;
2. A defesa dos empregos domésticos é indispensável;
3. Forças armadas robustas são essenciais;
4. Grupos de interesse e lobistas devem ser retirados da vida pública;
5. Posse legal de armas é sagrada;
6. O governo precisa ser reduzido;
7. As contas públicas devem ser equilibradas;
8. O déficit público tem que acabar;
9. Programas de resgate de empresas e pacotes de estímulos são ilegais;
10. É preciso reduzir os impostos sobre renda;
11. É preciso reduzir os impostos para empreendedores;
12. Políticos devem estar disponíveis para o cidadão comum;
13. A intromissão do governo na vida do cidadão deve ser freada;
14. O inglês é a língua oficial do país;
15. Valores da família tradicional devem ser encorajados.

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O que há de “ultra” nessa lista? Nada, claro, a não ser o desejo dos jornalistas de que a oposição americana seja no máximo um grande PMDB. E com Renan Calheiros à frente, porque Eduardo Cunha, a essa altura, já virou “ultraconservador”, quem sabe até um “homem-bomba”.

* Relembre Ted Cruz aqui no blog:
Que coincidência! CBS edita entrevista com senador Cruz e corta justamente críticas ao abuso de poder de Obama
“A ideia de que o fim do embargo vai levar à abertura democrática é absurda.” Mas pode levar Obama a passar férias em Cuba também

Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil

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