É o cúmulo! FBI omite “ISIS” e “Alá” da transcrição do telefonema do assassino de Orlando à Polícia
Entenda as verdadeiras razões do governo Obama

No domingo (19), a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, nomeada em 2014 pelo presidente Barack Obama, anunciou que o FBI não iria divulgar a transcrição completa do telefonema ao serviço de emergência da Polícia realizado por Omar Mateen pouco antes de matar 49 pessoas e ferir mais de 50 em uma boate gay de Orlando, na Flórida.
“Bem”, disse Lynch, “o que nós não vamos fazer é promover as juras de fidelidade deste indivíduo a grupos terroristas e disseminar sua propaganda.”
Fiel à sua palavra, Lynch e o FBI divulgaram nesta segunda-feira (20) uma transcrição parcial do diálogo iniciado às 2:35 da madrugada.
Traduzo:
Despachante da Polícia de Orlando (OD, na sigla em inglês)
Omar Mateen (OM)
OD: Emergência 911, isto está sendo gravado.
OM: Em nome de Deus, o Clemente, o benéfico [em árabe]
OD: O quê?
OM: Louvado seja Deus, e que os fiéis bem como a paz estejam com o profeta de Deus [em árabe]. Eu deixo você saber, eu estou em Orlando e eu fiz o tiroteio.
OD: Qual é o seu nome?
OM: Meu nome é eu juro fidelidade ao [omitido].
OD: Ok, qual é o seu nome?
OM: Eu juro fidelidade ao [omitido], que Deus o proteja [em árabe], em nome de [omitido].
OD: Tudo bem, onde você está?
OM: Em Orlando.
OD: Onde em Orlando?
[Fim da chamada.]
Em entrevista coletiva, o porta-voz do FBI repetiu a desculpa esfarrapada de Lynch para as omissões de trechos:
FBI on references to radical Islam taken out of transcripts: “We’re trying to prevent future acts from happening.” pic.twitter.com/HhSZfmGMeA
— Fox News (@FoxNews) 20 de junho de 2016
Há duas vigarices importantes a observar aqui.
1) Em primeiro lugar, todas as pessoas com nível razoável de informação neste planeta sabem que “[Omitido]” = “ISIS”, a sigla americana para designar Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
As únicas razões para cortar o nome do grupo terrorista são:
a) fornecer cobertura política para o FBI, que deveria ter feito um trabalho melhor de monitoramento de Mateen – como expliquei aqui;
b) fornecer cobertura política para a esquerda promover sua agenda de controle de armas em lugar do combate ao radicalismo islâmico – como também expliquei aqui.
2) Em segundo lugar, a transcrição divulgada pelo FBI traduz “Alá” (“Allah”) como “Deus” (“God”).
Isto, também, tem uma dupla finalidade:
a) fingir que “Allah” e o “Deus” judaico-cristão são idênticos (o que está longe da verdade); e
b) vincular o Islã radical ao cristianismo e ao judaísmo, como virou praxe a cada ataque protagonizado por um muçulmano.
No começo de 2015, por exemplo, após os ataques que deixaram 130 mortos em Paris, puxei a orelha do programa Fantástico, da TV Globo, por recorrer a este expediente típico de militantes de esquerda do naipe de Jean Wyllys (PSOL-RJ).
Como questionou Ben Shapiro: se Omar Mateen tivesse usado os termos “NRA” (Associação Nacional de Rifles, na sigla em inglês) e “Jesus” em vez de “ISIS” e “Alá”, alguém duvida de que a transcrição completa seria divulgada?
Este blog, não.
A sugestão de Lynch de que ela deve censurar os fatos a fim de evitar a propaganda demonstra apenas a natureza perversa e propagandista do governo Obama, bem como a velha falta de cerimônia esquerdista para adulterar ou apagar a realidade quando ela não está de acordo com a sua agenda político-ideológica.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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