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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

Assalto em salão de Ipanema: homens armados rendem clientes e funcionários do Werner Coiffeur. “Rio pacificado”?

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 02h11 - Publicado em 4 fev 2015, 21h41

Atualizado às 23h.

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Enquanto eu escrevia o post anterior precisamente sobre a insegurança no Rio de Janeiro e o número recorde de assaltos em 2014, dois homens armados entraram por volta das 14 horas desta quarta-feira (4) num dos três salões de beleza Werner Coiffeur de Ipanema, no coração da Zona Sul carioca, renderam clientes e funcionários, e levaram todo o dinheiro dos caixas e do cofre do escritório, além de carteiras, bolsas, celulares e outros pertences. A unidade assaltada é a da rua Visconde de Pirajá, 284, e este blog também apurou que os funcionários foram orientados em reunião após o crime a não fornecer informações.

Como queríamos demonstrar, este é o Rio de Janeiro do secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame, onde o perigo está por toda parte, a qualquer hora.

Roubo em áreas nobres
Em julho do ano passado, após a morte de uma das donas do restaurante Guimas, Maria Cristina Mascarenhas, vítima de uma “saidinha de banco” que terminou em disparo na Gávea, VEJA.com já mostrava que os índices de criminalidade do 23º BPM (Leblon) – responsável pelo policiamento da região mais nobre da cidade, englobando Jardim Botânico, Lagoa, São Conrado, Ipanema, Leblon e Gávea – vinha ultrapassando com folga todas as “metas” estabelecidas pelo governo. Sim, a Secretaria de Segurança têm metas estipuladas para o que considera tolerável (e sinto dizer, elas não são “Criminalidade Zero”). A “meta” para a área no primeiro semestre de 2014 era de 399 assaltos nas ruas dos seis bairros, mas o número total chegou a 824 roubos, ou seja, 106% acima do previsto!

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Os dados mostravam um nítido aumento dos crimes no asfalto depois que Vidigal e Rocinha foram ocupadas pelas forças de segurança e receberam UPPs. O efetivo do projeto nessas duas localidades era de 869 policiais, para uma população total de 82.153 moradores, fazendo com que a relação policial por habitante chegasse a um para cada 94,5 moradores, enquanto a proporção para o restante da região (onde vivem 156.449 pessoas e há 643 policiais lotados) chegava a um PM para cada 346 pessoas. Nos seis primeiros meses de 2011 (pré-UPP), o número de assaltos nas ruas havia sido de 482, 70% a menos do que os 824 do primeiro semestre de 2014.

Em novembro, mostrei aqui que o roubo de rua entre janeiro e outubro havia aumentado em 62,2% em relação ao mesmo período de 2013 na área de segurança do Leblon (AISP 23). Foram 855 assaltos a pedestres, uma média de 2,8 – sim: quase três – por dia! E estes são apenas os registrados, ou seja: o número é certamente maior, já que muita gente prefere não dar queixa.

Hoje sabemos que os roubos a estabelecimentos comerciais, de cargas, a transeuntes e o total de assaltos alcançaram suas piores marcas de todos os tempos no Rio em 2014. O Werner de Ipanema é um estabelecimento comercial. O ano de 2015, pelo visto, é mesmo promissor.

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Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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