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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

“Abraços grátis” ou “Tiros grátis”? Policiais alvejados em áreas de UPP ironizam campanha da PM

Para melhorar a imagem da PM, o Comando de Polícia Pacificadora fez uma campanha na sexta-feira, 22 de maio, Dia do Abraço, em que policiais carregaram cartazes de “Abraços grátis”/”Free hugs” no morro Dona Marta e foram abraçados pelos moradores locais. Resultado: diante da divulgação do vídeo (veja no fim do post) e das fotos nas […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 5 jun 2024, 02h50 - Publicado em 24 Maio 2015, 17h47

Para melhorar a imagem da PM, o Comando de Polícia Pacificadora fez uma campanha na sexta-feira, 22 de maio, Dia do Abraço, em que policiais carregaram cartazes de “Abraços grátis”/”Free hugs” no morro Dona Marta e foram abraçados pelos moradores locais.

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Resultado: diante da divulgação do vídeo (veja no fim do post) e das fotos nas redes sociais, policiais alvejados em outras áreas tidas como “pacificadas” ficaram indignados e espalharam em grupos de whatsapp uma porção de montagens que ironizam a campanha, a começar por uma de vagabundos armados empunhando cartazes de “Tiros grátis”/”Shots for free”.

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Este blog teve acesso às imagens e entende seus motivos. A campanha da PM virou chacota porque não reflete nem de longe a realidades das UPPs.

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Somente nos cinco meses deste ano, foram 50 policiais baleados e 5 mortos em áreas com UPP – uma média de 10 baleados e um morto por mês nos territórios “pacificados”.

O CPP explora as melhorias que realmente aconteceram no Dona Marta como se elas fossem sinônimo de sucesso da “pacificação”, assim como fez o governador Luiz Fernando Pezão em entrevista à TVeja e sempre faz o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

É a estratégia do marqueiteiro do governo desde o ínicio do processo, de modo que, se você pedir para conhecer uma UPP, é para lá que será levado, exatamente como fazem com a impressa estrangeira para sair bem na foto no exterior.

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O motivo é simples: ao contrário do Alemão ou da Rocinha, o Dona Marta é um morro micro, o que facilitou a ocupação. Isso não quer dizer, no entanto, que a guerra só aconteça nas comunidades grandes.

Há menos de duas semanas, como mostrei em vídeos tragicômicos aqui e aqui, estourou uma nos morros do Fallet-Fogueteiro e da Coroa, mesmo havendo mais PMs (193) que no Dona Marta (123) e menos habitantes (9 mil contra estimados 12 mil).

Os policiais sabem que o abraço no Dona Marta é cusparada, pedrada e tiro em outras favelas.

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E, muito embora prezem a boa relação com moradores de bem, eles não podiam perder a piada.

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Abaixo, o vídeo do “Abraço grátis”:

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Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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