Zoe Saldaña rebate críticas a ‘Emília Perez’: “Não é sobre o México”
Americana levou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por filme sobre um narcotraficante que faz uma transição de gênero

Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por Emilia Pérez, Zoe Saldaña rebateu as críticas de mexicanos sobre o filme dirigido pelo francês Jacques Audiard. Em espanhol, a intérprete de uma advogada que ajuda um narcotraficante do México a transicionar para uma mulher trans defendeu o projeto, que foi duramente criticado por ter uma abordagem estereotipada a respeito do povo mexicano e da comunidade trans.
“A arte não segue manual. A arte provoca discussões. Foi isso que Jacques Audiard fez. O filme não é baseado em fatos. É uma obra linda e importante. Claro que a polêmica doeu. Porque você faz de coração aberto. Mas sigo sempre meu coração. Não tenho arrependimento de ter feito o filme.”, declarou Zoe, que também pediu desculpa por tantos mexicanos terem se sentido ofendidos. “Mas não compartilho sua opinião. Para mim, o coração deste filme são quatro mulheres. Não é um filme sobre o México. Poderia ser em qualquer lugar, poderia ser em Gaza. Mas um dia eu quero sentar-me com mexicanos e discutir o filme respeitosamente. Não tenho problema com isso.”, completou ela.
Concorrente em treze categorias do Oscar, Emilia Pérez levou só duas estatuetas para casa, de melhor atriz coadjuvante e melhor música original por El Mal. Com as onze derrotas, o longa atesta uma tendência dos filmes de plataforma de streaming no Oscar: filmes com várias indicações, mas pouquíssimas vitórias.
Representante da Netflix, Emilia Pérez segue O Irlandês (2019), também do streaming, que conquistou dez indicações, mas não levou nenhuma estatueta para casa. O mesmo aconteceu com Assassinos da Lua das Flores (2023), da Apple TV+, que também teve o mesmo número de indicações e derrotas.
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