Sean Penn critica Academia do Oscar: “Tem demonstrado covardia”
Ator e diretor americano também elogiou 'Ainda Estou Aqui', filme brasileiro que tenta uma vaga na premiação, e defendeu cinebiografia de Trump
Vencedor de duas estatuetas do Oscar, o ator e diretor americano Sean Penn acusou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação, de “limitar diferentes expressões culturais”. A fala aconteceu no último sábado, 30, durante o Festival Internacional de Cinema de Marrakech, no Marrocos, onde Penn recebeu uma homenagem pelo conjunto de sua obra. Na ocasião, ele também elogiou Ainda Estou Aqui, longa brasileiro que tenta uma vaga no Oscar 2025 na categoria de melhor filme internacional, e defendeu O Aprendiz, polêmica cinebiografia de Donald Trump.
“A Academia tem demonstrado uma covardia realmente extraordinária quando se trata de fazer parte de um mundo maior de expressão e, de fato, tem sido amplamente responsável por limitar a imaginação e as diferentes expressões culturais”, disse o ator em uma coletiva de imprensa. Para ele, a cerimônia do Oscar deve ser considerada apenas um “programa de televisão”, e não uma avaliação de mérito artístico. “Não fico muito animado com a premiação, [exceto] quando aparecem filmes como Projeto Flórida, Ainda Estou Aqui ou Emilia Pérez, que provavelmente serão indicados [os dois últimos títulos] este ano”, acrescentou.
Em relação a O Aprendiz, filme de Ali Abbasi que se concentra na ascensão pouco ortodoxa de Trump ao posto de magnata do ramo imobiliário, Penn disse que produções como essa deveriam ser celebradas pelo Oscar. “É de cair o queixo o quanto esses supostos rebeldes [da Academia] têm medo de um filme como esse. Um filme com ótima atuação. Eles têm tanto medo quanto um pequeno congressista republicano insignificante”, afirmou.
Antes mesmo de ser lançado, o longa sofreu ataques de Donald Trump e sua equipe por conter uma cena polêmica: o então empresário estupra sua primeira esposa, Ivana Trump. A cena surgiu de um relato feito pela própria durante o processo de divórcio, mas ela voltou atrás anos depois dizendo que o “estupro” mencionado não deveria ser interpretado de maneira literal. Em sua conta na rede Truth Social, Trump descreveu o filme como “um trabalho barato, difamatório e politicamente repugnante”.
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