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Pedro Kos, o diretor brasileiro que cutuca os EUA com seus filmes

Documentarista lança dois ótimos filmes no Festival do Rio, o thriller americano ‘O Nosso Sangue’ e o doc de denúncia “O Efeito Casa Branca’

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 out 2024, 16h56 - Publicado em 9 out 2024, 16h52

No filme americano O Nosso Sangue, parte da programação do Festival do Rio, uma jovem contrata um cinegrafista para lhe acompanhar até sua cidade natal, onde morou com a mãe até os 13 anos de idade. No passado, ela foi retirada da progenitora, uma dependente química que agora está sóbria e aceita recebê-la em sua casa. Todo filmado como se fosse um documentário, com ajustes de câmera e foco, cenas de bastidores e imagens tremidas, o longa traz Brittany O’Grady, da série The White Lotus, no protagonismo, ao lado de E.J. Bonilla como o cinegrafista Danny Martinez. Na viagem, eles se deparam com dramas locais da cidade de Las Cruces, no Novo México, especialmente o de pessoas em situação de rua e de imigrantes ilegais, além da violência de carteis de drogas. O thriller intrigante hipnotiza e traz dois acenos aos brasileiros: o elenco conta com uma participação da carioca Bianca Comparato e a direção é assinada por Pedro Kos, também do Rio de Janeiro, que hoje vive em Los Angeles. 

Kos foi escolhido para a direção do longa por sua expertise como documentarista. Em 2022, ele foi indicado ao Oscar pelo curta documental Onde Eu Moro, sobre o aumento da população de rua nos Estados Unidos. “O Nosso Sangue trata do tipo de tema que me interessa. Eu observo o mundo do ponto de vista das margens, do lado de fora. Lá estão pessoas desumanizadas pela sociedade e quero trazê-las para o centro da conversa”, disse o diretor a VEJA do Festival do Rio. 

A veia social como parte de seu ofício vem do filme que o enveredou para o filão: Kos fez parte da equipe de montadores do filme Lixo Extraordinário (2010), que acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina, que fica na cidade de Duque de Caxias (RJ). “O filme foi um divisor de águas na minha vida”, disse Kos. “Não só no âmbito profissional, mas também de forma pessoal. Ele me chacoalhou por dentro. Fiquei muito comovido com o material.” 

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Além de No Nosso Sangue, Kos tem um segundo filme na programação do festival carioca. Trata-se do documentário O Efeito Casa Branca, o qual ele co-dirige ao lado dos americanos Bonni Cohen e Jon Shenk. A produção traz uma gama de material de arquivo que mostra como o governo de George H.W. Bush (1924-2018), entre o fim dos anos 1980 e começo dos 1990, atrapalhou de forma drástica os avanços políticos no combate às mudanças climáticas. “O filme mostra o momento em que a ciência foi politizada. Antes, a ciência era fato, era respeitada. A partir dessa virada nos Estados Unidos, ela passa a ser estrategicamente dividida para interromper os esforços das mudanças climáticas”, conta Kos. 

No total, o filme resumiu um material gigantesco, com mais de 14.000 peças de arquivo, milhares de horas e centenas de fontes. “Foram quatro anos de coleta e catalogação”, revela Kos. Nesta pesquisa, estão gravações da biblioteca oficial do ex-presidente Bush pai, até então nunca digitalizadas. Ambos os filmes estão previstos para chegar em circuito nacional em 2025. 

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