Os traumas do filho de dois astros de ouro de Hollywood – e pais relapsos
Stephen Bogart fala sobre Humphrey Bogart e Lauren Bacall em novo documentário revelador
Filho de Humphrey Bogart (1899-1957) e Lauren Bacall (1924-2014), Stephen Bogart tinha apenas dois anos quando os pais cruzaram o Atlântico para rodar o filme The African Queen, filme lançado em 1952 sobre um capitão de um barco e uma missionária que se apaixonam durante a Primeira Guerra Mundial. Como o longa de John Huston envolvia ficar seis meses em selvas da África, o casal decidiu deixar o rebento aos cuidados de uma babá. O detalhe curioso de bastidor é que, após a partida dos pais em um avião, logo após ambos acenarem para o filho, a babá, Sra. Hartley, sofreu uma hemorragia cerebral e caiu morta na pista. Após Humphrey e Lauren desembarcarem no destino, eles ficaram sabendo da notícia, mas a mãe decidiu continuar na viagem para se divertir com o marido e amigos e deixou o menino com os avós. “Agora não culpo minha mãe por fazer o que fez. Mas não tenho certeza se teria feito a mesma escolha.”, declarou o agora escritor Stephen, atualmente com 75 anos.
Aposentado da sua carreira de produtor de TV e morando na Flórida, Stephen é casado pela segunda vez, tem um cachorro e faz as pazes com seu passado no novo documentário Bogart: Life Comes in Flashes, da AppleTV+. “Não sou aluno do meu pai. Eu precisava descobrir quem eu era. Levei anos para me sentir confortável com toda essa coisa de Bogart.” Dirigido por Kathryn Ferguson, o longa explora um material inédito do arquivo e é amplamente narrado nas próprias palavras do ator, além de mostrar seus primeiros passos no mundo artístico até se tornar um dos grandes figurões de Hollywood.
O documentário tem como trunfo revelar detalhes da vida pessoal de Bogart, passando pelos três casamentos anteriores ao relacionamento com Lauren Bacall, e o câncer que o derrubou em seu auge. A doença fez o astro emagrecer muito e o enfraqueceu também, até sua morte em 1957.
Por The African Queen, Bogart venceu o Oscar de melhor ator de 1951. Ele também estrelou os clássicos The Maltese Falcon (1930), The Treasure of the Sierra Madre (1948) e Casablanca (1942).
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