O tributo de Woody Allen a Diane Keaton: ‘seu sorriso iluminava tudo’
Cineasta prestou homenagem a atriz e musa inspiradora que morreu neste final de semana, aos 79 anos

O cineasta Woody Allen prestou uma longa homenagem à atriz e musa inspiradora Diane Keaton, que morreu no sábado 11, aos 79 anos. Em um ensaio publicado pelo The Free Press, Allen declarou que nunca leu críticas sobre o seu trabalho, e que se importava apenas com “o que Keaton tinha a dizer”.
No texto longo, o diretor descreve o tempo que passaram juntos desde que se conheceram, em 1969, durante os ensaios da peça Play It Again, Sam, relembrando também o romance de cinco anos com a atriz e a longa parceria no cinema, que rendeu oito filmes. “Diferente de qualquer pessoa que o planeta já conheceu, ou que ainda verá, seu rosto e seu riso iluminavam qualquer espaço em que ela entrasse”, declarou o cineasta.
Sobre o romance, Allen descreveu a relação como “ótimos anos”, e atestou que “talvez só Deus e Freud” entendam o motivo da separação. “Ela era tão encantadora, tão linda, tão mágica que eu questionei minha sanidade. Eu pensei: é possível se apaixonar tão rápido?”, relembrou ele sobre a paixão.
Keaton morreu após adoecer em sua casa em Los Angeles. A atriz estava longe dos holofotes há alguns meses, e uma fonte próxima a ela disse à Variety que, embora nenhuma doença tivesse sido anunciada, sua saúde havia piorado rapidamente, com muitos de seus amigos próximos sem saber que ela estava doente.
Ela era uma das maiores defensora de Allen, que foi acusado de abusar da filha adotiva, Dylan Farrow, quando ela era criança. A alegação foi feita em 1992, mas foi rejeitada pela justiça. O caso, no entanto, voltou à tona com o movimento Me Too, que incentivou denúuncias de casos de abuso sexual em Hollywood. “Woody Allen é meu amigo e continuo acreditando nele”, atestou ela quando o caso voltou às manchetes.