O presente escatológico que vencedora do Oscar quer dar para Elon Musk
Octavia Spencer relembrou momento infame de 'Histórias Cruzadas' no qual sua personagem presenteia a chefe racista com uma torta de sabor peculiar

A atriz Octavia Spencer, de 54 anos, venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2012 pelo trabalho em Histórias Cruzadas, drama no qual interpreta uma empregada doméstica negra nos tempos da luta por direitos civis nos Estados Unidos. Hoje opositora de Donald Trump, ela usa o papel que a consagrou para atacar o governo em voga no país e, mais especificamente, o magnata Elon Musk. Via Instagram, Spencer se ofereceu para presentear o empresário e todos os funcionários do departamento estatal que chefia — o de Eficiência Governamental (DOGE) — com tortas feitas segundo a receita da personagem Minny Jackson, que substitui chocolate por fezes humanas de fabricação própria.
No texto irônico publicado, a atriz propõe organizar uma venda de bolos em Washington voltada para os empregados e apoiadores do departamento que Musk fundou em 20 de janeiro. “Preciso de uma baunilha da boa do México e de xarope de bordo do Canadá. As tortas são edição limitada e o sabor é milho e chocolate. Preciso de muitas doações para o ‘ingrediente especial’. Comam milho pra caramba. As vendas são únicas”, escreveu Spencer, pedindo também que seus seguidores nomeassem para quem enviariam a torta nada comestível.
A receita pútrida foi elaborada pela personagem vivida por Spencer como tática de protesto contra a chefe abusiva e racista Hilly Holbrook (Bryce Dallas Howard). No que se tornou a cena mais memorável do longa, a empregada doméstica engana a patroa ao presenteá-la com o quitute, que apresenta como um gesto de paz após ser demitida. A dondoca aceita o presente, devora duas fatias e, só depois, descobre que o excremento da empregada é responsável pelo sabor diferenciado.
A atriz, por sua vez, relembrou o momento para se queixar da comissão que Musk chefia. Por meio dela, o magnata diz pretender enxugar o orçamento nacional em 2 trilhões de dólares. A contratação de suas empresas pelo governo, porém, causa ceticismo, junto às afirmações preconceituosas que o empresário dissemina nas redes sociais e o gesto questionável que fez durante a posse de Trump.
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