Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Imagem Blog

Em Cartaz

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Do cinema ao streaming, um blog com estreias, notícias e dicas de filmes que valem o ingresso – e alertas sobre os que não valem nem uma pipoca
Continua após publicidade

O filme vencedor do Oscar no qual Navalny previu seu destino

Produção disponível na HBO Max destrincha os mecanismos do governo russo para eliminar a oposição contra Vladimir Putin

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 10h19 - Publicado em 16 fev 2024, 10h08

No Oscar de 2023, a esposa do advogado russo Alexei Navalny, Yulia, subiu ao palco da premiação junto com o time do filme Navalny, vencedor da estatueta de melhor documentário. Lá, ela relembrou o mundo sobre a situação do marido, principal opositor do presidente da Rússia, Vladimir Putin, preso de forma arbitrária pelo mandatário que não aceita concorrência. “Alexei, eu sonho com o dia que você estará livre e nosso país também. Fique firme”, disse ela. O desejo, porém, não foi atendido. Nesta sexta-feira, 16, Navalny morreu na prisão — um destino trágico que ele previu no filme premiado. Confira a seguir a resenha da produção disponível na HBO Max. 

Navalny

Irônico, o advogado russo Alexei Navalny começa a entrevista para o documentário que leva seu nome refutando a pergunta do diretor. “E se você morrer, qual sua mensagem para o povo russo?”. Navalny responde: “Não, não vamos fazer esse tipo de filme. Vamos fazer um thriller investigativo. E, se eu morrer, aí depois você faz um filme chato sobre minha vida”. A conversa absurda tem os dois pés na realidade. Principal opositor de Vladimir Putin, Navalny sobreviveu a um envenenamento e, recuperado na Alemanha, planejava naquele momento voltar ao seu país natal, onde a possibilidade de uma nova tentativa de assassinato era patente. Seguindo a sugestão do político, o diretor canadense Daniel Roher transforma o filme em um thriller investigativo – recorte que não demanda muito esforço narrativo: os últimos anos da vida de Navalny surpreendem o roteiro mais mirabolante de Hollywood.   

Liderando um movimento anti-Putin, focado nos escândalos de corrupção do atual governo, Navalny se tornou uma pedra no sapato do presidente, ou melhor, ditador, capaz de furar o bloqueio de uma mídia controlada pelo governo — e provocar protestos populares pelo país. Enquanto sua popularidade crescia entre os russos, maiores eram os ataques dos aliados de Putin ao advogado. O filme acompanha essa disputa, faz perguntas difíceis e contundentes ao político (como sua participação em uma marcha de extrema-direita), e se demora no caso do envenenamento. 

Em 2020, em um voo da Sibéria para Moscou, Navalny passou mal e foi atendido após um pouso de emergência. Dias depois, transferido para a Alemanha, constatou-se que ele fora envenenado pela substância Novichok, agente letal que atinge o sistema nervoso, fabricado exclusivamente pela Rússia. Sem a esperança de uma investigação oficial do país de Putin — e certo do envolvimento do Kremlin no atentado — um jornalista especializado em dados deu início a uma análise independente, pontapé da trama que embala o documentário.  

Continua após a publicidade

Conforme Navalny toma os noticiários mundiais, a ideia de um novo atentado contra ele se torna mais difícil: a pressão internacional cairia sobre a Rússia. Porém, enquanto o documentário se desenrola, difícil esquecer da guerra do país contra a Ucrânia. O desfecho feliz para Navalny, preso assim que colocou os pés na Rússia, se revelou então insólito ao fim do documentário. 

Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

Tela Plana para novidades da TV e do streaming
O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.