Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90
Imagem Blog

Em Cartaz

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Do cinema ao streaming, um blog com estreias, notícias e dicas de filmes que valem o ingresso – e alertas sobre os que não valem nem uma pipoca

‘O Agente Secreto’ é ovacionado em Cannes com thriller sobre ditadura

Filme de Kleber Mendonça Filho com Wagner Moura leva atmosfera paranoica e violenta do Brasil de 1977 para a tela; longa compete pela Palma de Ouro

Por Mariane Morisawa, de Cannes
Atualizado em 18 Maio 2025, 17h03 - Publicado em 18 Maio 2025, 13h07

O Agente Secreto, filme de Kleber Mendonça Filho cuja sessão de gala aconteceu na tarde deste domingo, 18, na competição do 78º Festival de Cannes, é um thriller passado no Recife, durante a ditadura militar brasileira, mais precisamente em 1977. Mas, antes de abraçar a ação, o longa-metragem mergulha lentamente o espectador em uma atmosfera paranoica, violenta, opressora, sem jamais citar o regime militar. É um misto de memória e sonho (ou pesadelo), baseado nas lembranças do cineasta, que tinha 9 anos em 1977, quando a história se passa. O filme foi ovacionado por 8 minutos pela plateia que estava na sala, entre eles o cineasta e o elenco, assim como o júri que vai eleger o vencedor da Palma de Ouro deste ano, prêmio almejado pela produção brasileira.

Depois de anos envolvido em projetos americanos, Wagner Moura volta a atuar no Brasil, em português, interpretando Marcelo, um especialista em tecnologia que se refugia no Recife, onde espera se reconectar com o filho pequeno, que mora com os avós. É uma de suas melhores atuações. Em sua estadia, ele cruza com uma série de personagens, de Elza (Maria Fernanda Candido) a Claudia (Hermila Guedes) e Tereza Victoria (Isabél Zuaa), moradoras do mesmo condomínio que ele, que tecem um rico panorama da vida no Brasil de então. Marcelo está sendo perseguido, mas não é o único. Todos parecem guardar segredos. Nesse momento da história, a ditadura militar já começava a se esgarçar, mas seus efeitos estavam arraigados na sociedade, com reverberações até hoje. É por isso que filmes como O Agente Secreto e Ainda Estou Aqui, embora tão diferentes, são importantes para preservar essa memória e contar essa história para que não se repita.

 

A boa fase do cinema brasileiro

A presença de O Agente Secreto na competição do 78º Festival de Cannes não só reforça a posição destacada de Kleber Mendonça Filho no cinema mundial como reitera o grande momento do audiovisual brasileiro. Pelo segundo ano consecutivo, o País tem um longa-metragem na competição, depois de Motel Destino, de Karim Aïnouz, em maio de 2024. Em setembro, Ainda Estou Aqui ganhou o prêmio de roteiro em Veneza e colecionou troféus mundo afora até chegar ao Globo de Ouro de atriz para Fernanda Torres e ao inédito Oscar de produção internacional. Manas, de Marianna Brennand, levou o prêmio principal na Giornate degli Autori em Veneza, e O Último Azul, de Gabriel Mascaro, ganhou o Grande Prêmio do Júri em Berlim.

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por VEJA (@vejamais)

“Eu estou sentindo muito orgulho de poder mostrar esse filme que é tão brasileiro, tão nosso, para esse público aqui do Festival de Cannes”, disse a atriz Maria Fernanda Cândido a VEJA horas antes de subir as escadarias vermelhas do Grand Théâtre Lumière para a gala do filme. “E principalmente porque esta edição tem um sabor especial. O nosso cinema floresceu neste ano de maneira espetacular. Além de tudo, é o Ano do Brasil na França.” Gabriel Leone falou sobre sua primeira vez com um filme em Cannes.“ É muito especial para mim e também por ser um ano de um momento tão bonito depois de Ainda Estou Aqui, um ano em que o Brasil está sendo homenageado também, estar com esse filme incrível me deixa muito feliz.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.