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Margaret Qualley, a nova queridinha de Hollywood, ousa em ‘A Substância’

Atriz fala a VEJA sobre o filme com Demi Moore, produção que marca uma ótima sequência de trabalhos da jovem

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 set 2024, 10h12 - Publicado em 19 set 2024, 08h00

“Foi uma experiência absolutamente repugnante.” Assim a atriz Margaret Qualley, 29 anos, descreveu em entrevista a VEJA como foi fazer o filme A Substância. Não que a atriz esteja insatisfeita com o resultado, pelo contrário: o longa em cartaz nos cinemas é brilhante, irônico e com críticas para lá de contundentes sobre a objetificação do corpo feminino. Mas para chegar nesse resultado, tanto Margaret quanto sua co-protagonista, Demi Moore, enfrentaram situações desafiadoras. No longa, a personagem de Demi passa por um procedimento rejuvenescedor que faz sair de dentro dela, de forma literal, uma versão mais jovem, vivida por Margaret. Ambas precisam coexistir para sobreviver – drama que move a produção dirigida pela francesa Coralie Fargeat. 

Para Demi, foi difícil se expor em cenas de nudez aos 61 anos de idade e passar horas na cadeira da maquiagem para a aplicação de próteses, que vão deformando seu corpo ao longo da trama. Já Margaret sentiu aversão ao modo como sua personagem deveria ser a mulher perfeita para os padrões da sociedade em cenas bastante sexualizadas. “Esse filme é um alerta. Ele fala sobre controle, sobre excessos e como lidamos com nossos corpos e a nossa mortalidade”, completou ela na conversa via vídeo. 

A Substância chega para coroar uma carreira ainda curta, mas já bastante expressiva de Margaret. Bailarina e modelo, filha de famosos – a mãe dela é a atriz Andie MacDowell e o pai, o modelo Paul Qualley –, a moça enveredou para a atuação em 2013. Logo conquistou um papel na série da HBO The Leftovers e, no cinema, virou o tipo “rouba a cena”. Numa mistura de beleza e talento marcantes, Margaret chamou a atenção em participações pequenas em bons filmes, sendo Era Uma Vez em… Hollywood, de Quentin Tarantino, um destaque que a alçou a um novo patamar da fama. Em seguida, ela chegou com força ao protagonismo na excelente minissérie Maid, da Netflix, pela qual concorreu ao Emmy de melhor atriz. Recentemente, conquistou espaço na panelinha de atores favoritos de Yorgos Lanthimos, atuando em Pobres Criaturas e em Tipos de Gentileza. Para o futuro, ela já tem filmes engatilhados com cineastas renomados, no caso, Richard Linklater e Ethan Coen. Margaret está só começando: e que começo!

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