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Jodie Comer, a estrela de ‘Killing Eve’, agora rouba a cena no cinema

Em entrevista a VEJA, a atriz fala sobre seu novo filme, 'O Clube dos Vândalos' — e do final controverso de Villanelle

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jun 2024, 08h17 - Publicado em 26 jun 2024, 08h00

Dona de feições angelicais, a atriz inglesa Jodie Comer, 31 anos, tem poucas mocinhas ingênuas no currículo. Aliás, ela ficou mundialmente famosa na pele de Villanelle, uma sarcástica assassina de aluguel, que roubou a cena na série Killing Eve. Tomar os holofotes para si é algo que Jodie faz sem esforço — como prova sua nova incursão no cinema no filme O Clube dos Vândalos. Na trama inspirada em fatos, um grupo de motoqueiros vai de arruaceiros inofensivos a gangue perigosa nos Estados Unidos. Com elenco estrelado, entre eles Austin Butler, Tom Hardy e Michael Shannon, o filme que transpira testosterona tem Jodie como narradora na pele de Kathy, esposa de um dos motoqueiros (personagem de Butler), e através de quem a história ganha um tom crítico, mas empático. Em entrevista a VEJA, a atriz falou sobre a personagem, sobre como é interpretar pessoas reais e o final controverso de Killing Eve.

Filmes tão masculinos como O Clube dos Vândalos não costumam ser tratados sob um ponto de vista feminino. Como analisa ter uma personagem como a sua na linha de frente da história? É interessante ter a Kathy como narradora do filme, porque ela tem uma perspectiva muito diferente sobre as coisas. Ela é parte dos Vândalos por causa do marido, mas não conhece esse mundo novo, excitante. Foi o que a atraiu e a fez querer ser parte disso; mas é como se ela estivesse na arquibancada, ela é capaz de ver as coisas como elas são. Eu também acho que, como humana, como mulher, ela é muito honesta, ela não tem medo de dizer o que sente. Ela vê como aqueles homens querem fazer parte de uma comunidade, de identidade, mas também vê que isso é fachada, vê como eles realmente se sentem. Acho que isso cria uma história interessante justamente por esse ponto de vista diferente.

O filme fala muito sobre como nós, humanos, precisamos nos sentir parte de algo. Mas ao mesmo tempo, senti que as mulheres tentavam adaptar a vida delas para se adequar à dos maridos. O que pensa sobre isso? Eu não acho que Kathy seja inocente, porque, de certa forma, é compreensível que ela peça para o Benny sair do clube quando fica perigoso, mas também, é o homem por quem ela se apaixonou. O Benny sempre se manteve fiel ao que ele acreditava, era um amante da liberdade, não se importava com nada, e acho que, no começo, essas características atrairam a Kathy – então pedir pra ele mudar foi uma coisa enorme para ela. Como acontece em qualquer relacionamento, quando nos apaixonamos por uma pessoa, por quem ela é, fica complicado pedir para que ela mude.

Qual era sua relação com motocicletas antes do filme? Acho que eu nunca pensei nada além de “ah, que legal” quando via uma na rua. Mas no set foi ótimo estar cercada pelos meninos subindo nas motos, ouvir os motores, o cheiro da fumaça e o espaço que elas ocupam; especialmente na cena em que Benny pega a Kathy no bar e é a primeira vez que ela anda na estrada de moto. Pensar na sensação de como foi aquele momento para ela é muito legal.

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Você já interpretou personagens reais antes, mas eram em histórias de época, certo? Esse tipo de atuação a atrai por alguma razão? O que é incrível, principalmente em relação a Kathy, é que foi a primeira vez em que interpretei alguém real com um material de origem muito bom, eu olhava as imagens e via como ela se portava, como sempre tinha a unha vermelha e um cigarro na mão, com as pernas meio afastadas, de um jeito ousado, confiante; eu consegui juntar esses detalhes com o conteúdo dos áudios e evocar sentimentos a partir disso, foi incrível. Você pensa “ok, essa mulher cuida de três filhos, não tem muito dinheiro, mas está sempre de cabelo comprido e unhas vermelhas”. Então aquilo era uma prioridade para ela. E foi maravilhoso poder entrar no set e tentar dar vida a isso.

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TELEVISÃO – Sandra Oh e Jodie Comer em Killing Eve: obsessão perigosa (Robert Viglasky/BBCAmerica/Divulgação)

Você ficou muito popular no Brasil por Killing Eve. Qual sua opinião sobre o final polêmico de Villanelle? É triste pensar na despedida dela, com certeza, eu sempre a vi como fogos de artifício, então é difícil. Eu aprecio muito o esforço que foi feito ao criar aquela série, mas chegou um ponto em que o que aconteceu não era o que as pessoas queriam para a personagem, e eu entendo isso, pois o público investiu muito tempo nesse programa. E Villanelle tinha nove vidas, então, quem sabe? Sempre existe a possibilidade dela se recuperar. Mas essa controvérsia mostra o quão popular a série foi e, para mim, foi muito especial fazer parte de algo que tem esse tipo de apoio e entusiasmo.

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