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Filha de Kate Winslet rejeita fama de ‘nepo baby’: ‘Não cresci em sets’

Mia Threapleton fala a VEJA sobre carreira de atriz e como foi chegar ao protagonismo no filme do cineasta Wes Anderson, 'O Esquema Fenício'

Por Mariane Morisawa, de Cannes
29 Maio 2025, 14h59

Filha da atriz Kate Winslet com pintor e cineasta Jim Threapleton, Mia Threapleton, de 24 anos, está no novo filme de Wes Anderson, O Esquema Fenício, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 29. No filme, exibido em competição no Festival de Cannes encerrado no sábado, 24) ela interpreta Liesl, filha do magnata europeu Zsa-Zsa Korda (Benicio del Toro). Depois de sofrer mais um atentado contra sua vida, Zsa-Zsa escolhe Liesl como sua sucessora. Só que a jovem, além de nunca ter sido próxima dele, também é uma freira. O longa, que se passa em 1950, tem ainda Michael Cera, Riz Ahmed, Tom Hanks, Bryan Cranston e Scarlett Johansson em papeis pequenos.

Ao contrário de muitos filhos de celebridades, Mia foi protegida pelos pais durante a infância, que não permitiram que ela seguisse a tão arriscada rota dos atores mirins. Aos 13 anos, trocou o sonho juvenil de ser bióloga marinha pelo de seguir os passos da mãe, mas decidiu utilizar o sobrenome do pai no trabalho para evitar o nepotismo. Só em 2020 iniciou sua carreira no cinema de fato. De lá para cá, participou de mais alguns projetos. O Esquema Fenício é seu décimo trabalho — e o primeiro no protagonismo. Em Cannes, Mia conversou com a VEJA:

O que significa para você estar no mundo de Wes Anderson? Significa tudo. Conheço o trabalho dele desde os meus 8 ou 9 anos, quando assisti a O Fantástico Sr. Raposo. Em 2012, Moonrise Kingdom estreou, e me apaixonei completamente. Estar em Cannes com O Esquema Fenício é incrivelmente surreal, maravilhoso e incrível. 

Wes Anderson é conhecido por trabalhar em um esquema comparável a de um grupo de teatro, com todos convivendo juntos. Não à toa, os atores costumam voltar em outros filmes dele, mesmo em papeis pequenos. Como foi essa experiência também? Foi muito divertido. Parecia um acampamento de verão. O Wes nos levava para o trabalho ou íamos todos juntos no mesmo carro. Tomávamos café da manhã, almoçávamos e jantávamos juntos, e não havia trailers no set. Ficamos todos juntos o dia todo, todos os dias, e isso torna o ambiente de trabalho muito mais fácil, porque todos estão no mesmo nível. Não há diferença entre ninguém. Você sabe o nome de todos.

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Você interpreta uma freira. Sentiu necessidade de se aprofundar no imaginário católico? Eu não cresci em um lar católico. Senti que era uma ótima oportunidade para aprender o máximo possível sobre isso. Uma das minhas primeiras provas de figurino foi em Roma, ou seja, tive a desculpa perfeita para dar uma olhada em igrejas e obras de arte e entender o que Liesl tinha à volta na infância. Conversei com membros da Igreja Católica, apesar de não ter conseguido ir a um convento.

O que mais fez de preparação? Ela é uma freira muito peculiar. Sou muito visual, faço muitas ilustrações. Wes queria que eu ajudasse com o departamento de adereços. Liesl carrega uma espécie de dossiê, e grande parte da escrita é minha. Foi importante porque ficou natural, eu me habituei com aquelas peças. E então seus pequenos Lieslismos, seus maneirismos, muito disso simplesmente saiu de mim. Pratiquei muito com os rosários e os cachimbos que ela fuma. Eu vagava pelo set com eles. Lembro-me de estar praticando fumar cachimbo na minha varanda, porque queria me sentir à vontade e natural, caso precisasse encher o cachimbo ou acendê-lo diante das câmeras. De repente ouvi do outro lado: “Você está praticando?”. Era o Wes. Da varanda dele, passou a me dirigir. Foi adorável. 

Os filmes do Wes Anderson também são muito particulares. Como foi filmar naqueles cenários, com aqueles figurinos? A capacidade de Adam Stockhausen, que é o cérebro por trás da criação dos espaços, de pegar as ideias do Wes e colocá-las na realidade é incrível. Fora que a equipe é o grupo mais legal de pessoas. Todos com quem o Wes se envolve são maravilhosos. É por isso que é um lugar tão divertido para se trabalhar. E fácil também.

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Você também trabalhou com o brasileiro Karim Aïnouz em O Jogo da Rainha. Como foi? Acho que acabei de vê-lo aqui embaixo (o diretor cearense também estava em Cannes). Foi muito divertido, o teste foi ótimo. Não foi uma experiência longa, mas foi muito legal. Só estava muito frio. 

A atmosfera de grupo de teatro te ajuda, já que você deve ter crescido rodeada de atores e artistas? Na verdade, eu não cresci cercada de atores, nem em um set de filmagem. Posso contar nos dedos das mãos a quantidade de vezes que fui ao set quando criança e não me lembro de muitas delas. Quando chegou o momento em que escolhi ser atriz, fiquei muito grata por não ter crescido entendendo nada. Porque isso significa que todas as lições que aprendi, todas as experiências que tive, foram minhas. E somente minhas. Foi e é muito bom entender isso, explorar e vivenciar isso por mim mesma.

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