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Por Raquel Carneiro

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Cultura

Diretor palestino que venceu Oscar é agredido e preso em Israel; vídeo

Documentário 'Sem Chão' trata sobre ataques das forças israelenses contra palestinos

Por Bárbara Bigas Atualizado em 24 mar 2025, 18h36 - Publicado em 24 mar 2025, 18h09

Pôster do documentário 'Sem Chão' (Free Malasia Today/Reprodução)

Yuval Abraham, jornalista e um dos diretores de Sem Chão (No Other Land), o documentário vencedor do Oscar, foi às redes sociais para relatar a agressão sofrida pelo seu co-diretor Hamdan Ballal, que se encontra desaparecido.

“Um grupo de colonos acabou de linchar Hamdan Ballal, co-diretor do nosso filme Sem Chão. Eles o espancaram e ele ficou com ferimentos na cabeça e no estômago, sangrando. Os soldados invadiram a ambulância que ele chamou e o levaram. Nenhum sinal dele desde então”, escreveu Abraham no X (antigo Twitter).

Um vídeo também compartilhado pelo diretor mostra pessoas mascaradas correndo e uma delas atirando um objeto na câmera. Segundo ele, essas foram as pessoas que sequestraram Ballal. “O grupo de colonos mascarados e armados, semelhantes aos da KKK, que lincharam o diretor de No Other Land, Hamdan Ballal (ainda desaparecido), flagrado aqui pela câmera”, diz a legenda do vídeo.

The group of armed KKK-like masked settlers that lynched No Other Land director Hamdan Ballal (still missing), caught here on camera. pic.twitter.com/kFGFxSEanY

— Yuval Abraham יובל אברהם (@yuval_abraham) March 24, 2025

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O documentário ganhador do Oscar aborda a crise entre Palestina e Israel por meio da história da cidadã Adra e sua família. O longa mostra cenas da destruição causada por Israel na comunidade de Masafer Yatta, no Sul da Cisjordânia, com o objetivo de expulsar famílias palestinas do território. O filme está em cartaz nos cinemas.

Não é a primeira vez que os envolvidos na produção do documentário sofrem ataques. No mês passado, Yuval Abraham afirmou ter sofrido ameaças de morte após a mídia alemã chamar de “antissemita” seu discurso durante o Festival de Berlim, quando recebeu o prêmio de melhor documentário. De acordo com ele, as ameaças o fizeram adiar sua volta a Israel.